Esqueça o que não importa e exagere nas demonstrações de afeto

Que tal deixar de lado o que não tem importância? E nisto, os cães são sábios. Brigamos com eles e em seguida já estão nos abanando o rabo. Uma lição para nós humanos. Eles também não economizam na hora de demostrar carinho. Comparado aos gatos e sua sofisticação, os caninos dão vexame nas demonstrações de afeto. Mas é tão bom ser recebido assim por um cachorro!

Segundo o consultor cinotécnico e especialista em manejo comportamental de cães e gatos, Luiz Augusto Santos Rodrigues, os cachorros não esquecem a advertência. “O que acontece é que eles não interpretam este ato inútil como de importância relevante. Acima de tudo, cães seguem sempre adiante, não guardando mágoas ou informações desnecessárias”, explica.

Exagero e sofisticação – Na hora de expressar carinho, os cachorros não são nada econômicos. Para quem não é chegado a um agito, o melhor é optar pelos gatos. “Distintamente do que o folclore popular crê, gatos também são animais de bando. Mas, por serem individualmente mais exigentes, são consequentemente mais econômicos em suas manifestações”, explica o especialista.

Eles ronronam, se esfregam por entre as nossas pernas, e muitos até vocalizam seus miados de satisfação.  Os bichanos, segundo o especialista, são mais sofisticados e discretos em suas demonstrações de afeto, sem deixar de lado as brincadeiras, principalmente quando jovens.

Memória – Rodrigues conta que a memória dos cães tem extensão variável, de acordo com o fato gerador. “Têm percepção exata do nosso ato de apontar, pois pela convivência, confiança e vínculo de dependência sabem que isto se refere a alguma coisa a ser buscada, principalmente, se for um alimento”, diz o consultor.

 

Maus-tratos – Nestes casos, muitos cães mudam seu comportamento, potencializado em agressividade ou medo (muitas vezes associado à agressividade). Geralmente, os maus-tratos nunca ocorrem em eventos isolados. “Significa dizer que os atos de maus-tratos são mais frequentes, e de tão repetidos, fixam a reação como reforço negativo, deflagrando a auto-defesa, interpretada equivocadamente como agressividade”, esclarece.

 

Publicado na Revista Viver – edição de março