Dando continuidade à série Pit bull: Eu respeito quem esclarece alguns detalhes sobre a raça é Paulo Parreira, experiente  zootecnista, especialista em comportamento animal de cães e gatos e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Com mais este post, dá para perceber que para ter um animal deste porte é necessário educá-lo desde filhote. Por ser uma raça muito forte, o responsável deve ter controle sobre o animal. Além de muita dedicação para mantê-lo, sempre com muito exercício para gastar toda a sua energia e sem esquecer, é claro, de dar muito carinho.

Papo Pet: O que é possível dizer sobre o temperamento da raça? É uma raça violenta?

Paulo Parreira: Nenhuma raça é naturalmente violenta. O que ocorre é que o pit bull tem um vigor físico muito grande e um temperamento que exige certos cuidados (controle sem violência, limites claros, muita disciplina e atividade física). Se criados sem socialização e sem estes cuidados, as chances de acidentes aumentam exponencialmente.

Papo Pet: Existe algo comprovado, algum estudo que mostre que a genética dele é de um animal agressivo? Muito se diz que é da natureza deste cão atacar.

Paulo Parreira: Não tenho conhecimento sobre este tipo de estudo, não há nada comprovado. Para que possamos entender com profundidade os motivos e causas dos acidentes que envolvem os pit bulls, deveríamos analisar caso a caso, conhecendo a família e situação na qual o animal foi criado.

Papo Pet: Ter um pit bull exige quais cuidados? É necessário adestrá-los?

Paulo Parreira: Além dos cuidados veterinários básicos (vacinação, consultas periódicas, etc), o pit bull deve ser socializado e por se tratar de um cão muito forte, preferencialmente adestrado no mínimo para obediência básica (senta, deita, caminhar na guia, etc).

Papo Pet: É uma raça fácil de adestrar?

Paulo Parreira: Se bem criado e educado, aprenderá os comandos com facilidade. Sem nunca usar qualquer tipo de violência para ensiná-lo.