Cebolinha Cebolinha usa cadeiras de rodas 

A dachshund Cebolinha após cinco anos de vida perdeu os movimentos das patas. Esta raça também conhecida por “salsicha” tende a apresentar problemas na coluna e consequente perda dos movimentos. Após sete anos sem andar, a cachorra, hoje, aos 12 anos, já se mostra adaptada a uma cadeirinha de rodas. Roda pra lá e pra cá. A bichinha participou de diversos tratamentos, acupuntura e fisioterapia, mas não houve melhora.

Cães com casos semelhantes ao de Cebolinha podem, em breve, participar de um estudo científico que já mostrou resultados satisfatórios com o uso de células-troncos adultas em ratos paraplégicos. A próxima etapa, que deve começar em outubro de 2014, é a aplicação de células-tronco em cães paraplégicos.

Um dia, quem sabe, em outra fase, este mesmo estudo possa ser a esperança para seres humanos. Mais isto ainda pode levar de cinco a dez anos. De qualquer forma, para quem tem cães com problemas de locomoção e incontinência urinária, surge uma esperança na recuperação de seus pets. Por se tratar de um estudo científico, não é garantido que o animal recupere os movimentos após o término dos testes. Mas, se eu tivesse um cachorro nestas condições, com certeza apostaria nesta alternativa. Espero não precisar nunca. Mas me anima ver os avanços nesta área tanto para os animais quanto para seres humanos.

Entenda – O Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da PUCPR e o Programa de Pós-Graduação em Ciências Agrárias da UFPR desenvolveram, em parceria, uma pesquisa com células-tronco humanas aplicadas em ratos totalmente paraplégicos e o resultado foi a recuperação parcial dos movimentos e do controle urinário. As células utilizadas foram células-tronco mesenquimais adultas proveniente de tecido adiposo. Os experimentos aconteceram no Núcleo de Tecnologia Celular da PUCPR.

Foto2_Pesquisadores

O estudo, que teve início em 2011, foi conduzido pelos pesquisadores Jose Ademar Villanova Junior e Letícia Fracaro (na foto), com orientação dos pesquisadores da PUCPR Paulo Roberto Slud Brofman e Carmen Lúcia Kuniyoshi Rebelatto e da pesquisadora da UFPR Rosangela Locatelli Dittrich.

Para participar: a partir de outubro, os pesquisadores darão início às aplicações de células-tronco em caninos. Nesta etapa, o estudo irá atender cerca de 20 cães.

Para participar do programa, os interessados devem enviar por e-mail algumas informações. Os inscritos passarão por uma triagem.

Os critérios para participar: cães paraplégicos e com incontinência urinária.

O e-mail deve ser enviado à Gisele Possebon ([email protected]) com as seguintes informações: nome, telefone, e-mail, raça, idade e qual o problema do animal.

Atenção: a inscrição não garante a participação. Os pesquisadores irão fazer uma análise para avaliar se o cão tem condições de integrar o estudo.