Abre_chocolate

Eles não precisam de chocolate. Mas tem gente que apresenta a guloseima ao cachorro e, em outros casos, eles surrupiam o doce. O que pode ser perigoso. Nesta época de ovos de Páscoa, a ingestão do alimento por acidente tende a ser mais frequente. O que pode levar muitos pets para emergência das clínicas veterinárias.

Segundo a coordenadora do curso de Medicina Veterinária da PUCPR e professora titular de Farmacologia e Toxicologia Veterinária, o chocolate tem uma substância que o fígado do cachorro não consegue metabolizar com facilidade, a teobromina. “O cão leva até seis dias para eliminar toda a substância. Os problemas que podem causar variam de acordo com o peso do cachorro e a quantidade de chocolate ingerida”, conta.

Claudia explica que o chocolate é composto por carboidratos, lipídios, aminas biogênicas, neuropeptídeos, sendo também um alimento rico em derivados da xantina: teobromina, cafeína e teofilina.  “A dose letal desta substância pode variar de animal para animal. O teor de teobromina varia de acordo com o tipo de chocolate. Por exemplo, o chocolate branco apresenta um teor maior de gordura do que teobromina e o chocolate meio amargo contém mais teobromina do que gordura, portanto intoxica com maior facilidade”, diz.

pet_chocolate

O efeito é prejudicial para todos os cães, mas raças menores acabam sendo mais suscetíveis à intoxicação devido ao tamanho. A dose tóxica para chihuahua e poodle toy é entre 15 a 284 gramas e para o cocker spaniel e dachshund entre 85 a 680 gramas.

Teobromina – é um estimulante do sistema nervoso central e do coração. Ela provoca um intenso aumento no trabalho muscular cardíaco associado à uma grande estimulação do cérebro, ocasionando arritmias cardíacas graves em cães. Os efeitos clínicos podem ser observados entre seis a oito horas após a ingestão, tais como: aumento da ingestão de água, vômito, diarreia, dilatação abdominal e inquietação do animal.