Levantamento da Paraná Pesquisas divulgado ontem pelo jornal Gazeta do Povo aponta que tanto prefeito Gustavo Fruet (PDT), quanto o governador Beto Richa (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) tiveram suas popularidades afetadas e tiveram queda de aprovação entre o eleitorado de Curitiba, após a série de manifestações ocorridas a partir de junho. Segundo o instituto, Fruet é aprovado por 55% dos curitibanos, contra 39% que o desaprovam. Em comparação com pesquisa feita em abril, o prefeito teve uma queda de 11 pontos porcentuais em sua aprovação.

Sobe e desce
Já o governador Beto Richa seria aprovado por 53,37% dos eleitores, enquanto Dilma teria avaliação favorável de 32,22%. Em dezembro do ano passado, pesquisa do mesmo instituto apontava que Richa era aprovado por 71,08% dos curitibanos. A desaprovação subiu de 23,98% para 42,63%. Dilma tinha aprovação de 61,18% no final de 2012. A desaprovação à petista saiu de 33,23% para 64,79% atualmente.

Noves fora
O resultado mostra que após a tormenta que se abateu sobre os políticos de todos os níveis, o jogo eleitoral no Paraná para a ano que vem está zerado. Se o governador Beto Richa perdeu popularidade após os eventos de junho, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, principal cotada como candidata de oposição ao governo, certamente também foi afetada pela queda de Dilma, diante de sua proximidade com a presidente. Resta saber agora como cada lado saberá lidar com esse novo cenário. E se alguém poderá lucrar com a possibilidade de mudança no quadro polarizado que vinha sendo delineado até aqui para a disputa do ano que vem.

Enquadramento de servidores
A Comissão Executiva da Assembleia Legislativa apresenta amanhã, às 14 horas, na Sala da Presidência, durante entrevista coletiva, o relatório final do trabalho realizado pela Comissão de Análise de Regularidade do Enquadramento do Quadro de Servidores do Poder Legislativo e também o total de corte nos cargos em comissão. Há duas semanas, o presidente da Assembleia, deputado Valdir Rossoni (PSDB), anunciou a conclusão do trabalho, apontando que um terço dos servidores efetivos estão em situação irregular, a maioria por terem sido promovidos sem concurso público.

Legalidade
A comissão especial iniciou o levantamento da situação funcional de todos os servidores efetivos da Assembleia no dia 21 de março deste ano e encerra os trabalhos no próprio dia 30 de julho. Constituída por determinação da Comissão Executiva, a finalidade da comissão foi analisar a legalidade e a constitucionalidade do enquadramento dos seus servidores em decorrência do Ato da Comissão Executiva nº 274, do ano de 2005.

TC acelerado
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) julgou, até agora, 48 processos de prestação de contas municipais relativas ao ano de 2012. Isso significa que o tempo entre o recebimento, a análise e a votação em plenário das contas de prefeituras e câmaras (cujo prazo de envio é 31 de março) não chegou a quatro meses. Em relação aos órgãos da administração indireta (que têm prazo de encaminhamento até 30 de abril), esse tempo foi ainda menor: inferior a três meses.

Esclarecimentos
Até esta sexta-feira, os técnicos da Diretoria de Contas Municipais do TCE já haviam concluído a primeira análise de 98% das contas de 2012 sob sua jurisdição – 1.103 num universo de 1.124 entidades municipais. Isso significa que, se toda a documentação enviada estivesse correta, sem irregularidades materiais ou formais, o Tribunal teria condições de votar praticamente a totalidade das contas municipais de 2012 nos próximos meses. A análise preliminar dos técnicos da DCM, no entanto, aponta que a maior parcela das contas – mais de 90% das prefeituras, cerca de 85% das câmaras e de 70% das entidades da administração indireta – necessitam de esclarecimentos.

Novos passos
Com a decisão do Conselho Nacional de Justiça de barrar o projeto pelo qual o governo do Estado poderia ter acesso a 30% dos depósitos sob guarda do Tribunal de Justiça, aguarda-se agora os próximos passos do Palácio Iguaçu para tentar encontrar novas formas de reforçar seu caixa. É certo que deve ser apresentado um recurso junto ao CNJ para tentar derrubar a decisão, mas diante de julgamento anterior, desfavorável ao TJ, é possível que o governo tenha que partir para outras alternativas de financiamento.


Em alta

Os BANCOS PÚBLICOS passaram a responder, em junho, por mais da metade do crédito do País, ou 50,3%, chegando a R$ 1,27 trilhão. É a primeira vez que as instituições estatais dominam o mercado desde 1999, em meio à onda de privatizações do setor.

Em Baixa

A capa da edição desta semana da revista britânica The Economist traz uma avaliação negativa sobre a economia no bloco dos chamados BRIC, composto por Brasil, Rússia, Índia e China. A revista tem uma ilustração que mostra os quatro países como atletas afundando na lama.