Orlando Kissner/Alep

Um estudo realizado pela equipe técnica do deputado estadual Homero Marchese (PROS) apontou inconsistências nos cálculos feitos pela Sanepar para justificar o reajuste de 12,13% na tarifa de água proposto pela companhia e referendado pela Agepar. A partir da fórmula e dos indicadores fornecidos pela própria Sanepar, a equipe de Marquese encontrou incongruências no resultado. Uma recontagem chegou ao índice de 5,58% como mais apropriado para 2019. 

Variáveis
No cálculo, a equipe técnica de Marquese eliminou o diferimento sobre os custos gerenciáveis da tarifa e os índices dos Fundos Municipais de Saneamento Básico e Abastecimento (FMSBA), utilizando os dados presentes nas demonstrações contábeis da empresa. O estudo estabeleceu ainda percentuais de 7,44%, 8,37%, 9,32% e 10,26% para o reajuste, dependendo dos parâmetros adotados. “Utilizamos as variáveis determinadas pela Sanepar e, em todos os casos, chegamos a números inferiores aos propostos pela empresa”, diz o deputado. Ele encaminhou o estudo ao Tribunal de Contas., que determinou a suspensão temporária do reajuste.

Foragido
O Ministério Público Federal (MPF) pediu autorização à Justiça Federal para enviar um pedido ao Líbano para localizar Luiz Abi Antoun, réu na Operação Integração. Segundo informações de familiares, o primo do ex-governador Beto Richa (PSDB), está no Líbano desde setembro de 2018. O pedido de expedição de carta rogatória foi feito em 13 de maio.

Sumiço
A Justiça acatou a denúncia contra Abi por organização criminosa e corrupção passiva no âmbito da Integração em março desde ano e desde então não foi localizado por um oficial de Justiça. De acordo com o pedido do Ministério Público, o oficial de Justiça já foi a dois endereços no centro de Londrina, que constam no processo, mas recebeu a informação, da própria mulher de Luiz Abi Antoun, de que ele está no Líbano, em tratamento de saúde e não tem previsão de retorno. Segundo o MPF, a mulher não soube informar endereço ou telefone do marido.

Suspeição
A defesa do ex-governador Beto Richa pediu a suspeição do juiz Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara Criminal de Curitiba, na ação da operação Rádio Patrulha, que investiga suspeitas de fraude em licitações no programa “Patrulha do Campo”, de obras em estradas rurais, e na qual o tucano é réu. Os advogados de Richa acusam o magistrado de vazamento de informações do processo.

Imparcialidade
No pedido, a defesa do tucano como suposta prova do vazamento o fato de que a imprensa teria ficado sabendo antecipadamente da ordem de prisão contra ele, em 11 de setembro de 2018, fazendo a cobertura da operação policial. De acordo com os advogados de Richa, o juiz estaria atuando no processo com “viés político e consequente quebra da imparcialidade para julgamento do feito”.

Publicano
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, votou ontem pela anulação da delação do ex-auditor fiscal Luiz Antônio de Souza na operação Publicano, do Ministério Público do Paraná, que investiga um esquema de corrupção na Receita Estadual. Mendes alegou que após o acordo de delação, Souza praticou outros crimes e foi novamente preso, além de ter recuado de denúncias. A decisão acabou adiada para junho por um pedido de vistas do ministro Edson Fachin