Sirenes ligadas, ambulâncias, helicóptero, choro, gritos e muita movimentação de socorristas, médicos e pessoas envolvidas em um acidente com dois carros e um ônibus. Essa foi a cena presenciada pelos alunos do curso de Atendimento a Acidentes com Múltiplas Vítimas e por pessoas que frequentaram o Museu Oscar Niemeyer na manhã deste sábado (30).

O curso, iniciado na quinta-feira (28), foi oferecido a profissionais de vários órgãos envolvidos em atendimento a emergências pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) como parte da programação comemorativa dos 25 anos do serviço.

Segundo o coordenador médico do Siate, Edison do Valle Teixeira Júnior, a simulação é o momento em que conhecimento teórico do curso pode ser testado na prática sem o envolvimento de vítimas verdadeiras. “Essas capacitações são o momento em que podemos analisar os erros e acertos e nos preparar para situações reais, em que o tempo de resposta é mínimo e pode definir entre a vida e a morte dos envolvidos no acidente”, afirmou.

Antes da simulação, os 160 alunos discutiram as estratégias a serem utilizadas e conhecer todo o fluxo de atendimento. Foram utilizadas oito ambulâncias, entre Samu e Siate, um helicóptero, um carro de resgate dos bombeiros, um carro de comando e um veículo com o kit de atendimento a desastres.

A ação envolveu 45 pessoas atuando como vítimas, todas maquiadas com muito sangue e hematomas. Oito delas atuaram como pacientes graves, e outras oito estavam presas às ferragens dos veículos, o que demandou a serragem dos carros para que fossem retiradas. No atendimento, foram envolvidas cerca de 50 pessoas. Uma das vítimas mais críticas foi transportada de helicóptero para o hospital.

A estudante do curso técnico em enfermagem, Rosângela do Rocio Pereira, acompanhou toda a ação com seu filho Rodolfo, de oito anos. Ele disse que ficou um pouco assustado, mas que sabia que não era de verdade. Rosângela aprovou o que viu. “Filmei muita coisa e achei perfeito o atendimento. Sempre deve haver erros, mas para mim foi importante acompanhar tudo que acontece no atendimento de urgência, que inclusive já presenciei na prática profissional”, comentou.

Outra criança que acompanhava tudo com muita atenção foi Sabrina, que passeava no museu com a avó, Rute Stein. A neta gostou de ver o helicóptero e a avó disse que aprovou a movimentação das equipes. “É bom saber que os profissionais estão preparados para momentos de emergência”, falou.

Ao final da simulação, todos os socorristas, médicos e demais profissionais envolvidos voltaram ao auditório do museu para avaliação das técnicas adotadas. Ao longo de 2015, como parte da programação dos 25 anos de atuação, o Siate deverá oferecer novos cursos de atendimento a acidentes, além de promover orientações de primeiros socorros para população em geral.

Assista o vídeo de como foi o simulado: