Terminou a rebelião na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II). O governo concordou em fazer o reforço nas grades e entregou 50 colchões para os presos que estavam amotinados desde as 7h45 da manhã desta terça-feira. Segundo as informações da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju), os dois agentes feitos reféns pelos detentos foram liberados por volta das 14h30. Não há informações de feridos.

Segundo a Polícia Militar (PM) e a Seju, responsáveis pela negociação, o motim teve como motivação o medo que os presos rebelados têm de detentos de uma faccção rival. Os amotinados, inclusive, chegaram a pedir a construção de um muro para dividir a PEP II. Além disso, os presos querem colchões novos. Eles alegam que os que tinha foram queimados na última rebelião ocorrida na sexta-feira, 12.

O motim começou por volta das 7h45, e dois agentes penitenciários são feitos reféns. Eles foram rendidos quando serviam o café da manhã. Esta é a segunda rebelião na PEP II em três dias – na sexta-feira (12), outros dois agentes foram rendidos em um motim que durou 24 horas.

O movimento aconteceu no mesmo bloco em que aconteceu a última rebelião na penitenciária, que começou na sexta-feira (12) e durou até a tarde de sábado (13). Dessa vez, começou na 9ª galeria, quando os presos conseguiram abrir algumas das celas e detiveram os agentes. Eles estariam reclamando da falta de segurança e estariam temendo ações dos presos do PCC.

Durante a tarde, três presos rebelados passaram mal e tiveram de ser retirados das celas, sendo levados para o centro de triagem da penitenciária, onde foram atendidos.

Segundo a Seju, a PEP II possui capacidade para receber 1.108 vagas, mas atualmente 1.037 detentos estão na penitenciária. O Sindarspen, porém, afirma que há superlotação, já que a capacidade inicial da penitenciária era de 960 vagas e a quantidade foi aumentada com a publicação de uma resolução em 2013.