A coluna Toda Política deste sábado no JE.

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Era esperado que o governo petista, mais cedo ou mais tarde, empurraria goela abaixo, a TV Pública nos moldes totalitaristas que todos conhecemos. O ensaio vinha se dando desde que Lula ameaçou de expulsão o correspondente do New York Times, Larry Rother, e ganhou fôlego com a tentativa de criar um Conselho Federal de Jornalismo, com o objetivo específico de controlar a informação. O que espanta, a mim particularmente, é que os jornalistas ou os sindicatos e federações que os representam (me inclua fora dessa) não tenham se manifestado sobre o assunto.
Alguém lembrou ontem que a criação da TV Pública garantiria mais emprego para os coleguinhas. Ora, que vão ao diabo junto com o espírito de corpo (ou de porco) que defendem.
Se você quer saber o tipo de jornalismo e de informação que será ofertada na TV Pública basta ligar o rádio às 7 da noite. É aquela cloaca sem tirar nem pôr. Não por coincidência, o governo encontrou dificuldade para achar um “profissional” que se adequasse ao perfil de presidente da emissora. Tereza Cruvinel foi a escolhida porque já pertencia ao quadro da imprensa afagável, da qual fazia parte Franklin Martins (ministro da Comunicação Social) e Heloísa Chagas – todos com passagem pela Globo. Informam-me que Tereza é uma ex-troskista. Deve ser sina. E um tema para outra coluna – vocês não perdem por espernear.
Tratemos aqui da venalidade do jornalismo e de como a investida do lulo-petismo sobre a imprensa parece conquistar terreno fecundo. Vira e mexe, alguém lembra o caso do “Monitor”, o jornal francês da era napoleônica que, quando informado da fuga de Napoleão da Ilha de Elba, registrou na manchete: “O demônio escapou do desterro”. Dias depois com a chegada do imperador a Grenoble estampou: “O monstro chegou a Grenoble graças a uma traição”. Quando Napoleão chegou a Lyon ainda resistiu: “O usurpador tem a audácia de aproximar-se da capital, mas nunca entrará em Paris”. Capitulou quando a aproximação das tropas era iminente: “Sua Majestade, o Imperador dos Franceses, é recebido com júbilo”. Quaquaquá.
Não sei se serve de parâmetro – talvez não. O “Monitor” brasileiro certamente se renderia na segunda manchete. Quem sabe não tivesse estampado a primeira. Fosse petista, não tocaria no assunto. Destacaria o clássico entre Pindamonhangaba e Muzambinho. Aquele sim um jogão histórico.

Eu, candidato
Nem bem adentrou a porta do PMDB e o vereador José Roberto Sandoval já pôs as manguinhas de fora. Jura que é pré-candidato à prefeitura de Curitiba. Ei Doático, inclui mais um na lista!

Novelão
A decisão sobre a filiação de vereadores ao PSDB ganhou contornos de “Quem Matou Taís”. O que era para ser decidido há uma semana foi adiado para ontem e, de novo, para segunda-feira.

Coisa de espírito
O vereador e presidente municipal do partido, João Cláudio Derosso, alega que o fim de semana servirá para uma “reflexão profunda”.

Vade retro
Com nove vereadores, a bancada do PSDB bateu o martelo (e o pé) e não quer nem ouvir falar em filiados com mandato.

Listão
O prefeito Beto Richa, contudo, insiste em alguns nomes. Caso de Felipe Braga Côrtes, Valdemir Soares, Mestre Déa e Gilso de Freitas, entre outros. Cáspita!

Tô nessa
Membro da Comissão de Saúde da Assembléia, o deputado Tadeu Veneri (PT) engrossa na segunda-feira a comissão que irá ao Tribunal de Justiça do Paraná, para uma reunião com o presidente do órgão, Tadeu Loyola.

Recurso
O objetivo é fazer com que o TJ reavalie a sentença que negou liminar a 60 pacientes que necessitam de medicamentos excepcionais.

ARREMATE
Frase de Lula após pousar, ontem, com o Boeing presidencial no Aeroporto Internacional de Cabo Frio (RJ): “O aeroporto está comprovado”.

OBLADI-OBLADÁ
O PMDB e o franciscanismo: “É dando que se recebe”. Do ex-deputado Roberto Cardoso Alves, o Robertão (já falecido). *** “O PMDB precisa de carinho, especialmente do presidente Lula. Os franciscanos disseram que os seus chinelos estão gastos. Mas tem uma hora em que não dá mais para andar descalço. Não queremos um sapato de cromo alemão, nos contentamos somente com um chinelinho novo. Pode até ser um chinelo usado”. Do senador “lobisomem” Wellington Salgado (PMDB-MG). *** “Tem que ter caneta, tinta e conta cheia”. Do ex-deputado mensaleiro José Borba (PMDB-PR), que renunciou em 2005 temendo uma cassação. *** Bobinho ele.