A coluna Toda Política desta terça-feira no JE.

Diretor da Paraná Pesquisas, o especialista em marketing Murilo Hidalgo vê um quadro cada vez mais consolidado em Curitiba. O tucano Beto Richa mantém índices acima de 70% nas pesquisas, baixa rejeição (7%, segundo o Datafolha), nível de aprovação administrativa que bate em 85% de ótimo e bom, e last but not least, adversários que chafurdam em números indigentes.
Hidalgo tem insistido no fato de que os índices de intenção de voto da petista Gleisi Hoffmnan, segunda colocada nas pesquisas, não crescem sobre o seu principal adversário, o tucano Beto Richa, mas sobre os demais concorrentes, o que significa ir do nada a lugar algum.
Para o especialista, há um grande dilema shakespeariano envolvendo os marqueteiros de oposição no que toca às críticas a cidade. A campanha tucana conseguiu blindar de tal modo o prefeito que qualquer problema relacionado à capital por parte dos adversários é encarado como um ataque dos “inimigos de Curitiba”. 
Não por acaso, a rejeição de Gleisi Hoffmann ultrapassou o petebista Fábio Camargo, antes líder no quesito, e atinge, na última pesquisa Datafolha, 24%.
Murilo Hidalgo diz que a única alternativa de Gleisi para tirar votos de Richa é “inocular a dúvida” no eleitorado tucano, mas para isso é preciso deixar de lado a “imagem da boazinha” e bater em questões que coloquem em xeque a conduta moral do prefeito.
Projetos relacionados à Saúde, à Educação, à Moradia, passam em branco ou são esquecidos pelo eleitor. O caso do projeto do Metrô curitibano é emblemático. De chofre, não há candidato que não o apresente em sua plataforma eleitoral como a solução para todos os males do transporte urbano.
Gleisi tem se escudado ainda nos bons ventos da Economia brasileira para atribuir todo e qualquer benefício que aporta em Curitiba como uma “dádiva” do governo Lula. É a tentativa de associar uma coisa à outra e, assim, beneficiar-se da tese nunca provada da transferência de votos.
O candidato do PMDB, Carlos Moreira, julgava que o apoio de Requião lhe traria ao menos 11% dos votos. Em vão. O governador não conseguiu fazer migrar para o seu “predileto” sequer 1% do eleitorado curitibano. Moreira, por enquanto, só tem um nome a zerar.
Modorra, modorrência, a eleição vai chegando ao seu momento decisivo com jeito de campeonato de um só time. Os demais cumprem tabela.

Andrajoso
Com a administração em farrapos, o prefeito de Londrina Nedson Micheletti (PT) julgou melhor incluir-se fora dessa na propaganda eleitoral de André Vargas, candidato petista à prefeitura.

Vai mal, vai pior
De acordo com o levantamento do Ibope/RPC, divulgado em agosto, a administração de Micheletti tem 50% de avaliação “péssima” e “ruim”.

Chororô
O peemedebista Moreira parece mesmo ter jogado a toalha. Ontem repetiu, em seu programa de estréia, o “Esta É Sua Vida” do início do horário eleitoral gratuito. Não faltou a professorinha do primário, hoje octogenária, e um paciente que ele fez enxergar. Buá, buá.

Para bom entendedor
A campanha do petebista Fábio Camargo é um contrasenso só. Depois de declarar previsão de R$ 14 milhões em gastos de campanha e desafiar os demais candidato a gastar menos de R$ 10 milhões para se eleger, ele anuncia receita de R$ 98.300,00 e despesa de R$ 99.264,00. Já está no vermelho.  E não é de vergonha.

Isso é que é
Na segunda prestação de contas entregue ao TSE, a petista Gleisi Hoffmann lidera a lista de arrecadação de recursos: R$ 3,2 milhões ante 2,9 milhões de Richa.

Aécio na parada
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), é a estrela do jantar que reunirá hoje o tucanato em flor em jantar por adesão no Estação Convention Center. O preço do convite é de R$ 1 mil e será destinado à campanha tucana.

O Favorito
Antes, Aécio, concede entrevista à imprensa no Hotel Bourbon, a partir das 17 horas. Pergunta que não quer calar: Richa já definiu quem apoiara na disputa à presidência da República em 2010?

ARREMATE
O candidato do PV, Maurício Furtado, deu asas para a imaginação ao relacionar entre os seus filmes preferidos o seriado “Zorro e seu amigo Tonto”. Bom, ele é o Zorro. Tonto é quem mesmo?

OBLADI-OBLADÁ
Nepote, nepotesinho 1. O filho é o secretário  de Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. O pai é o corregedor e ouvidor, Luiz Carlos Delazari, que ocupa secretaria especial. Quem deixa o governo? *** Nepote, nepotesinho 2. A mãe é a secretária Maria Marta Lunardon (Administração). Os parentes são Fábio Lunardon, agente administrativo da Secretaria de Segurança  Pública e Roberta Weber Lunardon, chefe de Divisão da Secretaria de Saúde.

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