Está explicado o “corpo mole” do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB) em relação à votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê o fim da reeleição para os cargos da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa. Segundo fontes da Casa, o motivo é que Romanelli alimenta o sonho de presidir o Legislativo estadual. Por isso, vem dando cobertura ao líder do PSDB, Ademar Traiano, que há mais de três meses “enrola” e não apresenta parecer sobre a PEC.

Presidente da Comissão Especial que tinha vinte dias contados a partir de meados de junho para apresentar o parecer e encaminhar a proposta ao plenário, Romanelli se recusou a substituir o relator, apesar da atitude de Traiano, que já confessou não ter pressa nenhuma em fazer a iniciativa andar. Apesar de oficialmente ser do PMDB, partido que integra a coligação que apóia Osmar Dias (PDT) para o governo, Romanelli nunca escondeu sua preferência por Beto Richa (PSDB). E acredita que o tucano, caso eleito, pode retribuir o apoio, ajudando-o a assumir o posto que hoje é de Nelson Justus (DEM).

Na sessão de hoje, Traiano afirmou que acertou acordo para apresentar o relatório na comissão no próximo dia 13. Como a Assembleia deve suspender as sessões nas últimas duas semanas do mês, por conta da proximidade das eleições, é quase certo que a votação da PEC no plenário ficará para depois de 3 de outubro. E com os novos eleitos, será muito mais difícil aprová-la.

Desde 1999, quando morreu Anibal Khury, dois deputados se revezaram na presidência da Assembleia: Nelson Justus e o atual presidente do Tribunal de Contas, Hermas Brandão.