O governo Beto Richa (PSDB) completa no domingo seus cem primeiros dias. O líder da bancada de oposição na Assembleia, deputado Ênio Verri (PT) promete para a semana que vem um balanço sobre o período, mas adiantou que a avaliação é de que a nova administração tem um caráter “exclucente e concentrador”. Na área da educação, por exemplo, ele aponta o fim do programa Leite Paraná, que além de garantir a distribuição do produto na rede pública estadual de ensino, promovia a cadeira produtiva do leite, e foi suspenso. Aponta ainda a não contratação de professores para o programa Segundo Tempo, de contraturno escolar; e o não cumprimento da promessa de reajuste de 26% para os professores e funcionários das escolas, bem como o não estabelecimento de cronograma para a implantação da PEC do subsídio, com incorporação de gratificações aos salários de policiais militares e civis.

Desigualdade

Para Verri, o governo Richa também é concentrador porque lançou um programa de atração de investimentos chamado Paraná Competitivo, que propõe crédito para empresas mas não define regras para a indicação do local de instalação das mesmas. Fatalmente, prevê, isso vai agravar a concentração de investimentos na região de Curitiba e arredores, em detrimento do interior do Estado.