A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa desde o inicio de março para apurar a existência de grampos telefônicos em salas da Mesa Diretora da Casa deve apresentar o relatório final das investigações nos próximos dias. O relator da comissão, deputado Mauro Moraes (PSDB), admitiu ontem (04) que o relatório entregue pela Polícia Científica não permite afirmar que o equipamento apreendido em fevereiro deste ano serviria como uma espécie de central de escuta clandestina.
Moraes deve definir ainda esta semana com o presidente da comissão, deputado Marcelo Rangel (PPS), a convocação de funcionários terceirizados que atuavam na central telefônica da Assembleia. Em depoimento, a chefe do setor de telefonia admitiu que apenas dois empregados teriam acesso à área.
Após tirar a dúvida sobre como atuava a central telefônica da Casa, o parlamentar tucano admite que vai entregar o relatório com a conclusão sobre a investigação que, de acordo com o que já sinalizou o tucano, com base no relatório feito por peritos da polícia cientifica, afasta a existência de grampos em pelo menos duas salas da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Moraes já solicitou ao presidente dos trabalhos todos os documentos que foram analisados pela CPI desde sua instalação. Já recebemos o laudo da polícia científica confirmando que todo o material apreendido nas dependências da Casa não poderia ser utilizado para escuta telefônica, com exceção dos dispositivos encontrados na sala anexa ao Plenário, afirmou o deputado.