A proposta de antecipação da eleição da Mesa Executiva da Assembleia Legislativa recebeu três emendas e retornou para a Comissão de Constituição e Justiça. Todas se referem à data da votação. O projeto original, da atual direção da Casa, estabelecia a antecipação da eleição de dezembro para outubro, mas não definia um dia exato.

A principal polêmica é sobre realizar a votação antes ou depois do segundo turno das eleições municipais, marcado para 28 de outubro. Uma das emendas propostas pela própria Mesa Executiva fixa a data de 15 de outubro para que o presidente da Assembleia designe, com antecedência mínima de cinco dias, dia e hora para o procedimento eleitoral. A emenda assinada pelo líder do PMDB, deputado Caíto Quintana, propõe a data de 10 de outubro para a deflagração do processo.

Já a emenda do deputado Antonio Anibelli Neto (PMDB), propõe que “com antecedência mínima de cinco dias o presidente da Assembleia Legislativa, sob a coordenação da Comissão Executiva, designará para a última sessão plenária do mês de outubro a eleição da Mesa Diretora para a 3ª e 4ª sessões legislativas”. Ele justifica sua proposição argumentando que nos anos eleitorais, a data da escolha da Mesa coincidirá com as eleições municipais ou estaduais: “Por esse motivo faz-se necessário definir que as eleições para a Mesa desta Casa se realizem depois de encerrado o segundo turno do pleito, quando as atenções poderão se voltar exclusivamente para a disputa interna do Legislativo, não sofrendo qualquer influência de fatores externos”.

A antecipação da eleição faz parte da estratégia do atual presidente e candidato a reeleição, Valdir Rossoni (PSDB), de tentar evitar a formação de uma chapa adversária. Nos bastidores, comenta-se que Rossoni poderia usar a condição de presidente em exercício da Executiva Estadual do PSDB para angariar apoios na eleição da Assembleia. O tucano poderia oferecer apoio de seu partido a deputados candidatos a prefeito ou a candidatos aliados dos parlamentares em troca de votos para continuar no cargo.