O secretário de Estado da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, afirmou ontem que os problemas envolvendo o fundo rotativo da Polícia Civil e o uso irregular de veículos da corporação já estavam sendo investigados e resolvidos. Ele atribuiu as denúncias divulgadas pela Gazeta do Povo/RPC ao vazamento de informações motivadas por “interesses escusos, velados menores, e idiossincrassias pessoais”. As declarações foram dadas em reunião da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa da qual participou também o delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto; o corregedor-geral, Paulo Ernesto Araújo Cunha; e o comandante da Polícia Militar, coronel Roberson Luiz Bondaruk.

Segundo Almeida César, o Governo já vinha mapeando as distorções administrativas e já estava atuando internamente para resolvê-las, mas as informações acabaram se tornando públicas enquanto isso. “Os problemas não iniciaram em janeiro de 2011. O governador já dizia que a PM e a PC passariam por uma reestruturação total. E desde o ano passado já estamos adotando medidas para corrigir esta distorção histórica”, afirmou. O delegado-geral disse que foi detectada por parte do governo uma “desorganização administrativa” de muitos anos no Fundo Rotativo. “Não existe prova de que um delegado tenha colocado no bolso um centavo do Fundo Rotativo, até porque existem notas no Tribunal de Contas relativas à utilização nas delegacias ligadas às subdivisões”, apontou.