Ao encaminhar a proposta de realização de plebiscito sobre a reforma política ao Congresso Nacional, a presidenta Dilma Rousseff sugeriu que a consulta à população aborde ao menos cinco temas: financiamento público ou privado de campanha, sistema eleitoral (voto proporcional ou distrital), continuidade ou não da suplência para senador, fim ou não do voto secreto em deliberações do Congresso e continuidade ou não de coligações partidárias proporcionais.

O primeiro-vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), diz que o PT sempre defendeu o plebiscito e a participação direta da população, “a presidenta Dilma tomou a iniciativa correta de pautar um assunto que está na ordem do dia, que é a crise de representatividade”.

Vargas afirmou ainda que as manifestações refletem a insatisfação com o modelo político atual, “a impressão que a população tem de que a representação política e também os governos, são retirados de um modelo que ela efetivamente não participa”. Para ele, o momento para o debate é adequado, porém, o assunto é complexo e no Congresso Nacional não há consenso sobre o tema, “temos que encontrar um entendimento com os demais partidos”.