A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga o pedágio rejeitou hoje, por 6 votos a 2, requerimento que previa a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico das concessionárias que operam o serviço no Estado. O requerimento foi apresentado pelo deputado Cleiton Kielse (PMDB), suplente da comissão, em sessão na qual um dos membros titulares da CPI, deputado Artagão Júnior (PMDB), estava ausente. Ele alegava a necessidade de quebra de sigilo das empresas para apurar supostas irregularidades nas concessões.

Votaram favoravelmente à quebra os deputados Gilberto Ribeiro (PSB) e Péricles de Mello (PT). O deputado Alceu Maron Filho (PSDB), um dos que votaram contrariamente à proposta, alegou que o fez para evitar que a comissão passasse por um “vexame” na Justiça. Segundo ele, para a quebra de sigilo, é preciso um “fato determinado”. “Nesse momento não há motivo. Ainda estamos ouvindo as pessoas e analisando os documentos”, argumentou.

A comissão aprovou hoje a convocação do diretor regional da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias, João Chiminazzo. Além disso, foi marcada para a próxima terça-feira o depoimento do ex-governador Jaime Lerner, responsável pela implantação do pedágio no Paraná em 1997.