O diretório estadual do PPS iniciou ontem, oficialmente, a discussão sobre a possibilidade do partido lançar um candidato próprio ao governo do Estado, ou se unir a outros partidos para apresentar um nome alternativo à sucessão estadual. A questão foi levantada na semana passada pelo deputado estadual Tercílio Turini, que defendeu que o partido entregue os cargos que detém no governo Beto Richa (PSDB), se declare independente e faça uma articulação para lançar um candidato ao Palácio Iguaçu. Hoje, o cargo mais importante da sigla no primeiro escalão do governo Richa é a chefia da Casa Civil, ocupada pelo deputado federal César Silvestri, que também acumula a Secretaria de Governo.

Segundo Turini, a ideia foi bem recebida na reunião do diretório. Mas ainda não há qualquer decisão sobre o assunto, e a discussão deve ser aprofundada e ampliada para os diretórios municipais do partido no Estado nos próximos dias. O deputado argumenta que a chapa Eduardo Campos (PSB)/Marina Silva (PSB), lançada ontem para disputar a eleição presidencial, precisará de um palanque no Paraná. E como o PSB paranaense deve apoiar a reeleição do atual governador, já que sua principal liderança, o ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), é aliado de Richa, o PPS poderia se unir a outros partidos, como PSD, PV, Rede, para oferecer esse palanque os dois presidenciáveis. “A Marina reforça muito uma candidatura alternativa ao governo no Paraná”, avalia. “Os candidatos (ao governo) hoje colocados não empolgam o eleitor”, considera Turini. “O clima é totalmente favorável a uma candidatura alternativa”, garante ele.

Para o deputado, a questão deve ser resolvida até maio, já que é preciso tempo antes das convenções de junho para negociar alianças também para as chapas de candidatos a Assembleia Legislativa e Câmara Federal.