serraglio

O presidente destituído do PMDB do Paraná, deputado federal Osmar Serraglio, vai levar até o fim a ação na Justiça para retomar o cargo no partido. O processo tramita na Justiça comum e por enquanto o juiz substituto José Eduardo de Mello Leitão Salmon concedeu apenas a reintegração de posse da sede do PMDB em Curitiba. Serraglio afirma que não vai procurar o presidente nacional do partido, Michel Temer, apara retomar o controle da Executiva Estadual. “O pedido do grupo do Rodrigo Rocha Loures e do Requião (para homologar a nova Executiva) está em juízo e estão dependentes da decisão do juiz; se a Justiça deferiu a reintegração de posse da sede, quer dizer que o juiz entendeu que estamos com a posse (dos cargos destituídos)”, afirma Serraglio.

O grupo liderado pelo senador Roberto Requião, candidato ao governo, conseguiu que a Executiva Nacional autorizasse a nova formação da direção estadual votada em reunião na semana passada. O presidente deposto culpa o novo presidente, Rodrigo Rocha Loures, pela articulação da dissolução da direção do partido. “Se o objetivo fosse corrigir os que estavam destoando; por que a tomada da presidência? O Rodrigo precisa procurar meios democráticos, republicanos para comandar um partido”, ataca. A eleição interna do partido está marcada para novembro e mesmo que os diretores possam tomar poucas decisões relevantes no período, Serraglio não abre mão de manter a presidência. “O pedido deles está em juízo e estão dependentes da decisão do juiz. Se ele deferiu a reintegração, ele entendeu que estamos posse. No limite eu até renunciaria, mas sou advogado e vou até o fim. Posso até recuperar o cargo e abrir mão depois. Pra mim essa disputa só atrapalha”, lamenta.