A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) informa em nota divulgada hoje que o setor industrial está sendo seriamente prejudicado com a paralisação do transporte coletivo. Segundo a entidade, setores como construção civil, confecção e vestuário registraram ausência de 50% dos trabalhadores nestes dois dias de greve. Algumas indústrias, inclusive, não tiveram como funcionar e permaneceram fechadas nesta segunda e terça-feira devido à ausência dos colaboradores.

“A indústria e o setor produtivo como um todo não podem pagar a conta pela ausência dos trabalhadores devido à greve”, criticou o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “Questionamos e trabalhamos tanto para a suspensão do feriado de 19 de dezembro e agora, com a greve do transporte coletivo, estamos pagando um preço ainda maior”, disse Campagnolo.

Para o presidente da Fiep, há evidências de que o modelo de governança do transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana precisa ser revisto. Ele sugere a definição de um grupo para discutir o modelo atual e propor mudanças, mas defende a retomada das atividades urgentemente para que não haja mais prejuízo para a sociedade.

“Não queremos achar um culpado. Precisamos chegar a uma solução”, reforça. Campagnolo acrescenta que a Fiep e todo o setor produtivo do Estado estão à disposição para contribuir dialogando com os técnicos, as empresas de transporte, o sindicato dos trabalhadores e os governantes.