18169560072_296aee01f8_z
Foto: Pedro Oliveira/Alep

Uma nova denúncia atingiu hoje o deputado estadual Pastor Edson Praczyk (PRB). Segundo reportagem da RPC TV, o Ministério Público, um assessor do parlamentar teria pedido os documentos de uma fiel com a justificativa de “abençoá-los”, e usado os mesmos para registrá-la como funcionária “fantasma” no gabinete de Praczyk.

Na terça-feira, outra investigação do MP contra o deputado veio à tona, envolvendo a contratação de mulheres de pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, que ele integra, para seu gabinete. Segundo a investigação, uma funcionária do parlamentar de nome Micheli Silva teria procurações que permitiriam a ela “solicitar extratos, conferir saldos e juros, depositar e sacar qualquer quantia” das contas de servidores comissionados do gabinete do parlamentar. As supostas irregularidades teriam acontecido entre 2001 e 2003, durante o primeiro mandato do deputado.

Em sua defesa, Praczyk alegou que esse seria um caso isolado, e que uma funcionária que havia se mudado para o interior, mas continuava trabalhando para ele como agente política teria feito a procuração em nome de Micheli para facilitar a solicitação de cartões de crédito.

Segundo a reportagem da RPC, porém, seriam nove as procurações em poder da assessora do parlamentar.

De acordo com a nova denúncia, o assessor levou ao deputado os documentos da fiel e, então, Praczyk teria feito a contratação da mulher como funcionária do gabinete dele, sem que ela soubesse.
Ao longo de cinco anos, a funcionária fantasma foi nomeada e exonerada, sendo nomeada por três vezes. O dinheiro do salário dela caía nas contas do então assessor do deputado. No total, com essa manobra, o parlamentar e o assessor ficaram com R$ 35 mil desviados do dinheiro público.

Praczyk – que é presidente do Conselho de Ética da Assembleia – diz que só deixa o cargo se os deputados pedirem. O vice-presidente, missionário Ricardo Arruda (PSC), diz que o órgão só abrirá investigação contra o deputado se receber uma denúncia formal.