policia Foto: divulgação/Sesp

Cinco pessoas foram presas preventivamente na manhã desta terça-feira, 21, por policiais do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos da Polícia Civil (Nurse). Elas são suspeitas de estarem envolvidas no desvio de dinherio público destinado para a construção de pelo menos sete escolas estaduais, que fazem parte de um pacote de 18 instituições anunciadas no ano passado. Os contratos estão avaliados em R$ 30 milhões. Entre os presos está Maurício Fanini, ex-diretor de engenharia, projeto e orçamento da Secretaria de Estado da Educação (Seed).

Entre os presos estão sócios da empresa Valor Construção e Serviços Ambientais de Curitiba, que venceu a licitação para construir seis escolas. A empresa já teria recebido R$ 19 milhões pela construção das escolas, financiadas pelo governo federal com repasse feito pela Seed.

“Pelo que nós apuramos estas fraudes eram feitas por intermédio de documentos de medições falsos atestados pelos fiscais, os quais diziam que a obra estaria em um percentual construído. Este documento acabava motivando o pagamento de faturas indevidas a empresa por serviços que não foram realizados”, explicou o delegado Renato Figueiroa que coordena o Nurce.

A suspeita sobre a condução das obras foi constatada pela própria Secretaria de Estado da Educação (Seed), que iniciou as investigações sobre o atraso nas obras e na expedição de laudos que alteravam o valor que a empresa deveria receber.

A operação, chamada de quadro negro, contou com a participação de 50 policiais. Eles cumpriram desde o começo da manhã nove mandados de busca e apreensão e cinco de prisão. De acordo com informações preliminares, os policias chegaram a fazer buscas na Seed para apreender celulares e computadores

Apesar de os relatórios apontarem que as obras estavam quase concluídas, ainda falta muito para que os colégios possam receber os estudantes. A verba federal era administrada pelo Governo do Paraná, que deveria tocar as obras.

Ao todo, sete pessoas são investigadas pela polícia, e em uma auditoria interna da Secretaria de Educação foi aberta.
Três engenheiros chegaram a confessar a assinatura dos laudos, sem a realização da vistoria sobre o andamento das obras. Os servidores envolvidos no caso foram afastados das atividades.