beto richa

O governador Beto Richa rejeitou a adesão do PSDB aos protestos de rua pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) programados para 16 de agosto. Richa contrariou a decisão do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), que decidiu usar o programa eleitoral do partido para convocar a população a participar da manifestação.

Segundo o Estadão, Richa considerou o engajamento do partido “desnecessário” e lembrou que os próprios manifestantes rejeitam a participação de partidos e de políticos nos protestos. “Com todo respeito, nem sempre há unanimidade nos entendimentos, acho que é desnecessário. Tivemos grandes manifestações no Brasil inteiro com chamamentos espontâneos”, afirmou ele, dizendo respeitar a posição de Aécio, apesar de discordas. “Acho que é desnecessário até para não ser explorado de forma indevida – uma atuação, coordenação e convocação– por partidos adversários. Pode parecer um revanchismo, (se) explorado maldosamente”, avaliou o tucano, para quem um impeachment é uma “medida extrema” não-desejárvel.

Sobre a participação na reunião de governadores com Dilma sobre a crise prevista para o dia 30, Richa avaliou que a queda de arrecadação é um problema para governadores de situação e oposição. “Governos de oposição, de situação, todos acabamos sendo atingidos com esta grave crise, sobretudo nas arrecadações. Não ir pode parecer um boicote e um desprezo à realidade que o Brasil enfrenta”, apontou.

Richa deu essas declarações hoje em São Paulo, onde participou da abertura do Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura a convite do governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP).