Ricardo Barros

O deputado federal paranaense e relator-geral do Orçamento, Ricardo Barros (PR), lamentou a rejeição do plenário da Comissão Mista do Orçamento (CMO) do corte proposto de R$ 10 bilhões no Programa Bolsa Família. Barros vinha defendendo a redução do Bolsa Família sob a alegação de que a medida era necessária para equilibrar as contas do governo federal no ano que vem, e seria embasada em estudos e análises sobre o assunto, além de números da Controladoria Geral da União (CGU) que apontariam a existência de fraudes no programa. “Durante meses provei aos demais deputados das irregularidades nesse programa. O meu objetivo não era desamparar as famílias, e sim corrigir as deficiências apresentadas na execução do programa”, alegou Barros.

O parlamentar lembrou que o governo federal reduziu em mais de 50% os recursos do programa “Minha casa, minha vida” e fez grandes cortes no “Ciências Sem Fronteiras” e no Pronatec. “Sinceramente, vejo como incoerência do governo insistir em manter cerca de R$ 28 bilhões para um programa que todos sabem que existem fraudes constantes. Sugeri o corte de R$ 10 bilhões, ainda sobrariam R$ 18 bilhões. Recursos suficientes para atender as famílias que realmente precisam do benefício”, afirmou o parlamentar.

Segundo ele, a meta fiscal foi diminuída em R$ 10 bilhões para justamente evitar o corte no Bolsa Família.

Ao mesmo tempo em que defendeu o corte no Bolsa Família, Barros propôs o aumento dos recursos para o fundo partidário. proposta original do governo era destinar R$ 311 milhões, e o paranaense apresentou emenda para elevar esse valor para R$ 911 milhões. Questionado, o parlamentar alegou que não via incoerência na atitude.