Beto Richa Foto: Orlando Kissner/ANPr

O governador Beto Richa (PSDB) voltou a rebater, hoje, as denúncias de que dinheiro desviado de obras de reforma e construção de escolas no esquema investigado pela operação Quadro Negro, do Gaeco, tenha sido destinado à sua campanha de reeleição em 2014. Em depoimento ao Ministério Público, uma das sócias da construtora Valor e uma advogada da empresa, afirmaram terem ouvido do dono da empreiteira, Eduardo Lopes de Souza, que o dinheiro seria destinado às campanhas de Richa, e de aliados do governador, como o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), o primeiro secretário da Casa, deputado Plauto Miró Guimarães (DEM), o conselheiro do Tribunal de Contas, Durval Amaral e seu filho, o deputado estadual Tiago Amaral (PSB), além do secretário da Infraestrutura, Pepe Richa.

Richa reafirmou hoje, durante visita a Londrina, que a investigação foi iniciada pelo próprio governo, e que o objetivo das denúncias seria desviar o foco do caso. “Não posso admitir pessoas desqualificadas, envolvidas nessas falcatruas, dizerem que foi para a campanha eleitoral. O dinheiro sumiu, mas nós vamos atrás para reparar todos os prejuízos causados aos cofres do Estado, até o último centavo. Isso eu posso garantir”, afirmou o governador. “É importante destacar que logo que tivemos os primeiros indícios desses desvios, foi o nosso governo que tomou as providências. Fomos nós que iniciamos toda a investigação profunda, sem poupar ninguém. Demitimos rapidamente todos os suspeitos”, disse o tucano.

Traiano, Durval Amaral e seu filho Tiago, além de Plauto Miró também negam envolvimento no esquema.