Gleisi

A bancada do PT no Senado divulgou hoje nota manifestando solidariedade com a senadora Gleisi Hoffman e sua família. O marido de Gleisi, ex-ministro Paulo Bernardo (PT), foi preso hoje pela operação Lava Jato, em Brasília, no apartamento funcional da mulher. A casa dos dois em Curitiba, também foi alvo de buscas da Polícia Federal. Além disso, o advogado de Gleisi, Guilherme Gonçalves, também é alvo da operação, mas está em viagem a Portugal. A senadora não está sendo investigada neste caso e não se pronunciou oficialmente.

A operação investiga um esquema de direcionamento de licitações dentro do Ministério do Planejamento entre os anos de 2010 e 2015. Segundo as investigações, a empresa Consist Software repassava até 70% de seu faturamento para funcionários do governo, entre eles, Paulo Bernardo. Ele teria recebido, segundo a PF, R$ 7 milhões, através de um escritório de advocacia.

Na nota, os senadores do PT diz estranhar que a prisão de Paulo Bernardo “tenha ocorrido no momento em que a Nação toma conhecimento de fatos gravíssimos de corrupção que atingem diretamente o governo provisório, o qual se instalou justamente para tentar paralisar as investigações da Lava Jato”. Na avaliação da bancada, a prisão “e a invasão da sede do PT desviam o foco da opinião pública do governo claramente envolvido em desvios, para a oposição democrática, que sempre buscou a apuração de todos os fatos com isenção e transparência”.

Os parlamentares petistas dizem ainda repudiar “o claro abuso de poder cometido”. Os senadores criticam o fato de que a residência oficial de Gleisi ter sido supostamente “invadida, na presença de seus filhos menores, pela Polícia Federal, sem a devida autorização do Supremo Tribunal Federal”, e afirma que isso usurpa “atribuições constitucionais exclusivas do STF e da Procuradoria-Geral da República”.