Osmar Dias Traiano Foto: divulgação

O ex-senador Osmar Dias (PDT) se reuniu hoje com o presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB do Paraná, deputado estadual Ademar Traiano. Oficialmente, segundo Traiano, o encontro foi apenas uma “visita de cortesia” em que os dois, acompanhados da bandada do PDT na Casa, discutiram a situação política nacional e estadual. O tucano admitiu, porém, que as eleições para o governo do Estado de 2018 também fizeram parte da conversa, mas que não há nada de concreto, por enquanto, em relação a uma eventual aliança entre os dois partidos para a disputa pela sucessão do governador Beto Richa (PSDB).

“Todo inicio de processo de conversação é importante. Estamos vivendo um momento político no ano que vem e as conversas vêm acontecendo com o Osmar e também com outros pretendentes. O Osmar tem manifestado o desejo de disputar a eleição para governador”, afirmou Traiano. “Essa foi uma visita de cortesia. Não se trata de definição alguma. Sou presidente de um partido e não posso me antecipar ao processo. estamos conversando, como já conversamos com o Ratinho Júnior, que também é pretendente ao governo”, alegou.

De acordo com Traiano, ele e Osmar também discutiram cenários da política nacional, diante da perspectiva de eventual queda do presidente da República, Michel Temer (PMDB).

No início do mês, o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior (PSD), se reuniu com o governador, em jantar com a participação das bancadas do PSD e do PSC, além do PSDB de Richa na Assembleia Legislativa. Na ocasião, confirmou que é pré-candidato ao governo e gostaria de ter o apoio dos tucanos. Em troca, ofereceu a vaga de candidato a vice e uma das vagas em disputa ao Senado para os tucanos, que não disseram nem que sim, nem que não.

No PSDB, há quem defenda uma aliança com Osmar Dias, tendo Richa como candidato ao Senado e um tucano na vice. Além disso, na base do governo, o PP do ministro da Saúde, Ricardo Barros, pretende ter o apoio de Richa à candidatura da vice-governadora Cida Borghetti (PP) à sucessão estadual.