Foto: Franklin de Freitas / Bem Paraná

Foto: Franklin de Freitas / Bem Paraná

Reportagem de hoje do Uol assinada por Rafael Moro Martins revela que a delação do ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho – preso na operação Carne Fraca acusado de comandar um esquema de propina envolvendo frigoríficos – implica quatro deputados federais do PMDB do Estado, em acordo de delação premiada que negocia com a Procuradoria Geral da República; Osmar Serraglio, Sobrinho, Hermes “Frangão” Parcianello e . De acordo com o delator, os parlamentares – que chegaram a exigir que ele fosse mantido no cargo apesar de suspeitas de corrupção – teriam recebido recursos do esquema. Os quatro deputados negam participação no esquema.

Em abril de 2015, os quatro encaminharam documento à então ministra da Agricultura, (PMDB/TO) para que ele fosse nomeaço. Gonçalves foi apontado pelo juiz federal Marcos Josegrei
da Silva, como líder do esquema, que cobrava propina de frigoríficos e empresas do setor. Em conversa telefônica gravada com o ex-superintendente do MAPA pela Polícia Federal, Serraglio aparece chamando-o de “grande chefe”.

De acordo com a reportagem do Uol, Gonçalves tem recebido visitas mensais de um procurador da PGR na carceragem da PF em Curitiba onde está preso desde março, para negociar a delação. Ele teria entregue à procuradoria documentos que comprovam as denúncias contra os deputados paranaense. O esquema envolveria ainda o ex-deputado Moacir Micheletto (PMDB), morto num acidente de carro em
2012. Segundo o Uol, a negociação da delação do ex-superintendente estaria avançada e deve ser assinada nos próximos dias. O relator seria o ministro Dias Toffoli.