richa Foto: Jaelson Lucas/ANPr

O governador (PSDB) defendeu hoje que o PSDB declare sua “independência” em relação ao governo do presidente (PMDB). E previu que a maioria dos deputados tucanos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal vai votar pela admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República que acusa o presidente de corrupção passiva com base na delação da JBS. O governador paranaense participou, ontem à noite, de reunião de lideranças nacionais da legenda em São Paulo para discutir o assunto.

“O que eu defendi ontem e alguns até se surpreenderam na reunião das lideranças do PSDB, foi a independência do partido. Isso é algo que já ocorre na prática”, afirmou Richa à rádio CBN. “É só ver o que está acontecendo na CCJ (da Câmara). Muitos partidos promoveram a troca dos seus representantes que não estavam comungando da direção dos partidos em favor ou em defesa do presidente da República. E o PSDB não. Os deputados estão com total independência para votar de acordo com a sua consciência. E a grande maioria dos deputados do PSDB são a favor da admissibilidade desse processo. A expectativa é que dê seis votos a um, ou no máximo cinco votos a dois a favor da admissibilidade”, previu.

Questionado sobre se o PSDB deve entregar os cargos que possui no primeiro escalão do governo , o governador desconversou, alegando que as nomeações foram uma escolha pessoal do presidente e não uma indicação do partido. “O PSDB não está atrás de cargos. Se vocês se recordarem lá atrás que nós não estávamos atrás de cargos, não indicaríamos ninguém ao presidente da República para compor seu ministério. O PSDB se achou na responsabilidade de garantir a governabilidade e propostas em projetos e reformas que julgamos fundamentais para o Brasil. E foi o que aconteceu. O presidente ficou à vontade para escolher dentro dos quadros de pessoas qualificadas que tem o PSDB aqueles que entendesse que pudessem contribuir”, argumentou.