A coluna Radar, da revista Veja, publicou nota afirmando que o Eduardo Lopes de Souza, dono da construtora Valor, investigada na operação Quadro Negro, que apura um esquema de desvio de dinheiro para a construção de escolas públicas no Paraná, teria afirmado, em acordo de delação premiada, que pagou propina a um cunhado do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), marido da vice-governadora Cida Borghetti (PP). A declaração seria uma referência ao ex-vereador de Curitiba, Juliano Borghetti, irmão de Cida Borghetti. Ele é apontado pelo Ministério Público como tendo recebido dinheiro da Valor em troca de ajuda para agilizar repasses à construtora.

Em nota, Barros alegou que “Juliano Borghetti foi funcionário da empresa Valor, onde trabalhou e recebeu salário por três meses”, e que as irregularidades “aconteceram em período anterior ao trabalho de Juliano Borghetti na Valor”. Segundo o ministro, o ex-vereador “não teve conhecimento dos fatos até que fossem divulgados, quando já não estava mais na empresa” e portanto a “acusação não precede”. O advogado de Juliano Borghetti, Claudio Dalledone Júnior, também divulgou nota na qual o ex-vereador reafirma as informações do ministro, negando qualquer acusação de solicitação de propina.