Praczyk Foto: Pedro de Oliveira/Alep

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa voltou a adiar, ontem, a votação do polêmico projeto Casa conhecido como “Escola sem partido”, pelo qual a bancada evangélica da Casa pretende restringir discussões sobre política e sexualidade nas escolas públicas do Estado. Em meio a manifestações de grupos contrários e favoráveis à proposta, a votação foi novamente postergada após pedido de vistas de diversos deputados ao substitutivo apresentado pelo relator, Edson Praczyk (PRB) ao texto original apresentado pelo deputado Ricardo Arruda (PEN).

Na semana passada, os dois parlamentares – ambos pastores evangélicos – discutiram em plenário por causa da proposta. Arruda – que apresentou o projeto em dezembro de 2016 – reclamou da demora na votação. Praczyk, por sua vez, acusou o colega de usar assessores para espalhar a informação de que ele estaria boicotando a votação da matéria.

Parlamentares ligados a denominações religiosas evangélicas têm apresentado projetos semelhantes em todo o País, sob a justificativa de combater a “doutrinação política e ideológica” nas escolas. Uma proposta nesse sentido já havia sido apresentada na Assembleia por 13 deputados da bancada evangélica em 2015, mas acabou sendo arquivada a pedido dos próprios autores sem que fosse votada.