O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da “lava jato” no Paraná, deve evitar usar as redes sociais para expressar opiniões sobre políticos, partidos e investigados pela operação. A orientação é da Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público e tem como o objetivo preservar “a integridade, a solidez, a isenção e a credibilidade como valores” de integrantes do MP.

O Conselho recomenda ao “reclamado, especialmente considerando sua condição e visibilidade como integrante da força-tarefa da Operação Lava-Jato, que se abstenha de emitir juízos de valor, por meio de redes sociais e na esfera privada, em relação a políticos, partidos políticos e pessoas investigadas e/ou acusadas pela referida força-tarefa, fundamentalmente em ordem a preservar a integridade, a solidez, a isenção e a credibilidade como valores reitores no escorreito exercício das funções ministeriais.”

A recomendação se deu em resposta à reclamação disciplinar movida pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Segundo a defesa de Lula, Santos Lima quebrou o decoro da profissão e violou a honra e a imagem dele ao criticá-lo em sua página no Facebook, por duas vezes, em junho. As informações são do portal eletrônico Consultor Jurídico e foram veiculadas nesta quarta-feira, 3, mas a decisão é de 19 de dezembro.

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