beto richa foto: Orlando Kissner/AEN)

O governador Beto Richa (PSDB) só deixará o governo no início de abril para disputar o Senado se os partidos de sua base política formarem uma aliança com candidato único ao governo. Caso contrário, ele tende a concluir o mandato até o final, não disputando a eleição deste ano.

A avaliação é do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB). Atualmente, dois nomes da base política de Richa são pré-candidatos ao governo: a vice-governadora Cida Borghetti (PP) e o deputado estadual Ratinho Júnior (PSD). Por lei, o tucano teria que se desimcompatibilizar do cargo, renunciando ao governo até 7 de abril, se quiser disputar uma das vagas para o Senado nas eleições de outubro.

O grupo da vice-governadora – capitaneado pelo ministro da Saúde e marido de Cida Borghetti, Ricardo Barros (PP) – conta com a renúncia de Richa para que ela assuma o governo por nove meses e concorra à reeleição. Barros chegou a dar como certa a saída da governador e sua candidatura ao Senado na coligação encabeçada pela esposa.

O governador, porém, chegou a dizer que a tendência era de que ele permanecesse no cargo até o final e não disputasse o Senado.

Segundo Traiano, a decisão de Richa de renunciar ao governo do Estado para disputar uma vaga ao Senado depende de uma ampla aliança entre os partidos da base aliada.

“Caso essa aliança não se materialize o governador pode vir a concluir seu mandato”, afirma o presidente da Assembleia, em entrevista a Rádio Educadora de Francisco Beltrão.

Sobre a conjuntura política do Paraná, Traiano disse que a “situação ainda está em aberto. Formamos um grupo político que venceu várias eleições. Tanto a Cida Borghetti, quanto o Ratinho Junior fazem parte desse grupo. O sonho do governador é juntar esses nomes, formar uma chapa com integrantes da base aliada. Se houver esse entendimento pode haver a renúncia e veremos o governador disputando uma vaga no Senado. Mas sem esse acordo Beto Richa pode se manter no governo”, explicou o deputado.