Uma decisão do desembargador José Maurício Pinto de Almeida, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, colocou o ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) Abib Miguel, o Bibinho, atrás das grades pela terceira vez  nesta quinta-feira (15), em Curitiba.

Ele já tinha sido preso em 17 de novembro do ano passado e em 23 de janeiro por ser isuspeito de integrar uma quadrilha de extração ilegal de madeira. Nas últimas duas vezes, ele foi solto por habeas corpus acatados pela Justiça. Desta vez, porém, teve a prisão decretada  pelo desembargador José Maurício Pinto de Almeida, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Na visão do magistrado, como o réu é reincidente, deveria permanecer preso.

Após denúncia, a Operação Castor descobriu o corte ilegal de madeira em áreas que estão bloqueadas pela Justiça, em um imóvel em Rio Azul, na região dos Campos Gerais. A fazenda em questão tem uma área de reflorestamento, com pinus e eucaliptos. Mas, por estar entre 60 bens bloqueados pela Justiça como forma de garantir eventuais ressarcimentos aos cofres públicos, a área não poderia ser usada.

O bloqueio aconteceu para possível ressarcimento aos cofres públicos, já que Miguel é apontado pelo Ministério Público como mentor do esquema batizado de Diários Secretos, que desviou mais de R$ 200 milhões na Alep entre os anos de 1997 e 2010. Bibinho tem duas condenações por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, mas as sentenças foram anuladas pelo Tribunal de Justiça e as ações criminais voltaram para a primeira instância, ainda em trâmite para julgamento.