Foto: Arnaldo Alves / ANPr.

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Nos bastidores do Centro Cívico, o comentário corrente ontem era de que o governador Beto Richa (PSDB) teria fechado um acordo com o grupo do ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), pelo qual concordaria em renunciar ao cargo em abril para disputar o Senado, e com isso, abrir caminho para que a esposa de Barros, a vice-governadora Cida Borghetti (PP), assuma o comando do Palácio Iguaçu e concorra à reeleição. Em troca, a nova governadora assumiria o compromisso de manter pessoas de confiança de Richa em postos chave na nova administração.

Caso o acordo se confirme, Cida Borghetti será a candidata oficial do grupo governista. Com isso, o deputado estadual e também pré-candidato ao governo, Ratinho Júnior (PSD), se afastaria de Richa para disputar a eleição como candidato independente, apesar de integrar a base aliada. A dúvida é como ficará o comportamento do bloco PSD-PSC – comandato por Ratinho Jr – e que tem a maior bancada na Assembleia Legislativa, com 14 deputados. Cida Borghetti terá que compor uma nova maioria no Legislativo, para conseguir a aprovação de seus projetos, sem esse bloco.

Aliados de Richa confirmam as conversas entre o governador e o grupo de Barros, mas garantem que tudo continua como está, e que nada foi definido. Segundo eles, a tendência é que a decisão só seja tomada perto do prazo final, no início de abril.

Há quem aposte em uma aproximação entre Ratinho Jr e o ex-senador e igualmente pré0candidato ao governo, Osmar Dias (PDT). Na semana passada, os dois se encontraram e trocaram afagos em uma exposição agropecuária em Cascavel. Ratinho Jr chegou a comentar em entrevista a uma TV local que Osmar seria uma “fera” quando o assunto é o agronegócio, o que aumentou as especulações sobre a possibilidade de um acordo entre os dois.