Outra parte
O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, defendeu ontem um novo modelo de gestão para os Portos do Paraná. De Autarquia a Appa passaria a ser uma empresa pública, de capital misto, controlada pelo governo do estado e aberta a investimentos privados, como a Sanepar e a Copel.  Eduardo garante que a proposta será levada à apreciação do presidente Lula. Mas por que Lula daria o Porto, que hoje é um concessão federal ao Paraná,  para o governo? Este teria sido um daqueles pontos que o presidente Lula negociou diretamente com governador Roberto Requião, quando negociava o apoio peemedebista.


Lavada
A semana termina com saldo negativo para o governo Requião na guerra contra o pedágio. Cinco das seis concessionárias que operam no Estado conseguiram garantir o reajuste das tarifas na Justiça. E a Rodonorte também vai recorrer aos tribunais na segunda-feira. O governo – que estranhamente passou a semana em silêncio sobre a questão – avisou que vai recorrer na semana que vem. A impressão que ficou é que com o governador reeleito fora do País, o ímpeto anti-pedágio do staff requianista arrefeceu.


Promessas
Até agora, também, não se ouviu mais falar nos tais caminhos alternativos às estradas pedagiadas que Requião prometeu durante a campanha eleitoral. O fato é que se o governador não começar a se mexer logo, vai acabar pagando caro perante a opinião pública por conta de mais uma promessa que fica na promessa.


Noves fora
O deputado estadual Carlos Simões, que foi reeleito mas está com o mandato sub-júdice por acusações de compra de votos e uso irregular dos meios de comunicação, está de saída do PTB. Pode acabar no PMDB de Requião.


Na geladeira do povo
Os parlamentares envolvidos no escândalo da máfiadas ambulâncias que tiveram sua cassação pedida pela CPI dosSanguessugas deverão sair ilesos do escândalo. Pelo menos é isso que se comenta em Brasília. Assim como no Senado,que inocentou os três senadores supostamente integrantes do esquema, o Conselho de Ética da Câmara também deverá promover uma “pizza” sem que a maioria dos 67 deputados que são alvo de processo. Neste pacote, o paranaense Íris Simões (PTB) também deve se livrar, mas nas urnas foi “condenado” a quatro anos de geladeira, já que não foi reeleito.


Tiro no pé
Gente muito próxima ao Palácio Iguaçu não conseguiu entender a insistência da base do governo na Assembléia Legislativa de instalar a CPI dos Grampos mesmo depois que a oposição se recusou a participar da comissão, por conta da manobra que estendeu a investigação ao governo Jaime Lerner, deixando em segundo plano o caso do policial Délcio Razera. Para interlocutores do governador, trata-se de mais um tiro no pé, pois mesmo que os governistas dirijam a investigação para o período lernista, há sempre o risco de aparecer algo ligando as escutas ilegais a gente da atual administração.


Risco
Outro dado que preocupa os próprios requianistas é a nomeação de Antonio Anibelli (PMDB) e Jocelito Canto (PTB) como presidente e relator, respectivamente, da CPI dos Grampos. Nenhum dos dois é exatamente conhecido pelo tato ou comedimento.


Em alta
Os juizes Magnus Vinícius Rox e André Luiz Chafranski, das Varas Cíveis de Ponta Grossa, respectivamente, determinaram nesta semana que o Estado distribua todos os medicamentos pleiteados por dois idosos carentes que moram em Ponta Grossa.


Em baixa
O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, avaliou que o PMDB “está se tornando aquilo de que a sociedade brasileira precisa, um partido centrista, progressista e democrático”, por participar governo de coalizão em montagem pelo Planalto.