A Operação Carne Fraca, que apura irregularidades na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), conseguiu nessa sexta-feira (dia 27) sua três primeiras condeções. O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, decidiu condenar Gil Bueno de Magalhães, Antonio Garcez da Luz e Carlos Alberto de Campos. 

Gil Bueno de Magalhães, ex-superintendente regional do Ministério da Agricultura (Mapa) no Paraná, recebeu pena de 7 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de advocacia administrativa, corrupção passiva, peculato e uso de atestado médico falso. 

Antonio Garcez da Luz, ex-chefe do escritório do Mapa em Foz do Iguaçu, foi condenado a 4 anos e 1 mês pelos crimes de corrupção passiva e peculato culposo. Carlos Alberto de Campos, assistente administrativo, recebeu 3 anos e 8 meses por peculato.

Quatro pessoas foram absolvidas na ação penal: o policial federal Arlindo Alvares Padilha Júnior, a empresária Cláudia Yuriko Sakai e os agentes de atividades agropecuárias Guilherme Dias de Castro e Edson Luiz Assunção.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Gil Bueno de Magalhães praticou o crime de advocacia administrativa ao usar o cargo para atender interesses de uma empresa, alterando um certificado. Magalhães e Antonio Garcez da Luz também foram condeadnos por corrupção passiva, por usar o cargo para solicitar vantagem indevida.

A Operação Carne Fraca teve sua primeira fase em 17 de março de 2017, quando cumpriu 309 mandados judiciais em seis estados e no Distrito Federal. A ação apurou o envolvimento de fiscais do Mapa em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.