A economia de Curitiba perdeu R$ 1,2 bilhão nas quatro greves do transporte coletivo que ocorreram nos últimos dois anos da administração Gustavo Fruet (PDT). A estimativa é do vereador e ex-presidente da CPI do transporte coletivo da Câmara Municipal, Jorge Bernardi (Rede). Alguém deve ser responsabilizado por isto. Afinal o transporte público possui caráter essencial e este tipo de situação não pode continuar, pois a população como um todo perde, afirma ele.

Fortuna
Para Bernardi, segundo estudos da Associação Comercial do Paraná, um dia de greve causa um prejuízo de, no mínimo, R$ 100 milhões de reais na economia da cidade. As quatro greves do transporte coletivo realizadas a partir de 2014, somaram 12 dias de paralização dos ônibus. Curitiba deixou de movimentar na sua economia, uma fortuna quatro vezes superior ao valor das empresas que operam o transporte coletivo, cujo valor de mercado é de R$ 250 milhões, explica.

Intervenção
Na avaliação do parlamentar da Rede Sustentabilidade, a sociedade civil deve se organizar para cobrar responsabilidades, exigindo das autoridades municipais a intervenção nas empresas de ônibus e a realização de uma nova licitação. A licitação de 2010, realizada nos governos Richa/Ducci é nula, há indícios de fraude, formação de cartel e outras irregularidades que foram apuradas na CPI do Transporte Coletivo, Tribunal de Contas, e outras auditorias, considera. Há fortes indícios, em todas as greves, de lockout, ou seja os patrões estão por traz destas paralizações, já que ocorreram no período de aumento de tarifa. A Policia e o Ministério Público deveriam investigar se houve crime por parte dos empresários, declarou Bernardi.

Copiadoras
Foi suspenso e será retomado na próxima quarta-feira, o pregão realizado para selecionar empresa que vai locar à Câmara Municipal de Curitiba 75 impressoras e 19 máquinas de reprografia (fotocopiadoras) – sendo 16 de pequeno e 3 de grande porte. Os equipamentos serão destinados aos setores administrativos e aos gabinetes dos vereadores. Na sexta-feira, nove empresas apresentaram propostas de preço para prestar o serviço, e agora uma comissão de técnicos da Câmara analisa se os equipamentos ofertados atendem às especificações previstas no edital.

Complexidade
De acordo com o diretor da Diretoria de Licitações, Roberval Moreira, uma avaliação aprofundada das propostas é necessária devido à complexidade das especificações técnicas. O valor mensal está estimado, conforme pesquisa de mercado feita pela Câmara, em R$ 747.844,92 para um período de 12 meses. No valor está incluída a instalação, configuração, assistência técnica. As nove licitantes apresentaram propostas que variam entre R$ 433,1 mil e R$ 677 mil.

Quadro Negro
O ano deve começar movimentado na Assembleia Legislativa, em função das denúncias envolvendo parlamentares da Casa na operação Quadro Negro, que investiga um esquema de desvio de recursos para a construção e reforma de escolas. Laranjas da construtora Valor afirmaram, em delação premiada ao Gaeco, que parte do dinheiro teria irrigado campanhas eleitorais do presidente do Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), do primeiro secretário, Plauto Miró (DEM) e do deputado Tiago Amaral (PSB). Todos negam participação no esquema, mas a oposição já pensa em pedir a abertura de uma CPI. Os oposicionistas querem investigar se dinheiro devolvido pela Assembleia ao Executivo teria sido desviado.