Depois do sucesso da adaptação de “13 Reasons Why”, seriado que abordava o relato de uma jovem suicida, a Netflix trouxe mais um tema polêmico para ser discutido, a anorexia.
“O Mínimo Para Se Viver” (To The Bone), conta a história de Ellen, interpretada por Lily Collins, uma garota de 20 anos, viciada em contar as calorias de todos os alimentos consumidos, já tendo iniciado, por várias vezes, tratamentos de anorexia. Sua madrasta (Carrie Preston) a envia para mais um processo de reabilitação. Ellen, que acredita que tudo vai ser a mesma coisa, se surpreende ao conhecer o tratamento não-tradicional de um médico moderninho, interpretado por Keanu Reeves.
A direção é de Marti Noxon. O filme estreia no dia 14 de julho.
Confira o trailer:
A importância de abordar tabus!
“13 Reasons Why” abriu os olhos de muitas pessoas para um assunto complicado de se lidar, porém presente em grande escala na sociedade.
Muitos não sabem como procurar ajuda, conversar, desabafar ou confessar o que está acontecendo.
Depois da exibição da primeira temporada da série, a procura por especialistas para um possível tratamento aumentou em 445%. Um feito incrível.
Depois vieram as críticas. Muitos acusaram o seriado de influenciar os jovens a cometer suicídio, ou de “romantizar” o ato, ainda mais pela forma que a protagonista utilizou as fitas para “punir” os seus opressores.
É tudo muito delicado. Você precisa assistir tudo bem certinho para entender o motivo. Hannah, interpretada por Katherine Langford, procurou ajuda de todas as formas. Ela foi atrás de conselheiros, de amigos, dos pais, porém ninguém a levou a sério. As fitas cassetes foram a forma encontrada para desabafar e explicar o que estava acontecendo. Poderia ter sido de uma outra forma? Sim. Mas não foi.
Tudo o que aconteceu nos episódios, acontece diariamente. Uns consideram “frescura”, outros procuram comparar indivíduos e situações, como se isso os tornasse superior de alguma forma. “Já passei por coisa pior” – Que bom que você tem estrutura para saber lidar com opressões. Mas nem todos são iguais.
Agora, a plataforma streaming vai quebrar outro tabu, o da anorexia – também presente fortemente por aí, mas abordado de uma forma que os “adeptos” ficam envergonhados até de procurar ajuda.
Com certeza, você já deve ter passado por algum caso parecido, ou conhece alguém que sofreu com isso. Não julgue. A compaixão é uma característica natural do ser humano. Se expresse, mostre que você se importa e ajude. Não critique, apenas entenda que as pessoas são diferentes, possuem outros problemas, outros medos e outro ponto de equilíbrio. Não custa nada.
Ainda não assistiu “13 Reasons Why”? Confira o trailer:
