Empresas precisam liberar as redes sociais

As empresas que proíbem o uso de redes sociais estão perdendo uma grande oportunidade de criar um ambiente colaborativo. A opinião é do diretor de marketing e comunicação, da IBM Brasil, Mauro Segura, convidado especial do curso Redes Sociais e Inovação, que ocorreu em julho, na ESPM, em São Paulo. Para Mauro Segura, o conhecimento dos funcionários é muito importante e benéfico. “Há uma necessidade cada vez maior de compartilhar conhecimento”, diz o diretor, que critica as empresas que têm a paranoia de querer controlar tudo.

Em 2005, a IBM liberou as mídias sociais e criou uma cartilha de conduta, que ao longo desses anos foi crescendo. Hoje, os funcionários recebem treinamentos e cursos que educam para o uso das mídias sociais. “Não basta apenas liberar as redes sociais, é necessário educar. Mostrar o que é informação estratégica e o que não é. Como trocar informação, como tratá-la. Só vai falar mal da empresa quem quiser ser demitido, o restante não vai querer sair mal na foto”, acredita Segura.

Para ele, na hora que libera uma mídia social, conteúdos interessantes começam a surgir, indicando vários pontos de vista. “Começa a surgir grupos de áreas diferentes, que gostam de determinados assuntos. Estas ilhas surgem naturalmente e podem ajudar muito a empresa”, destaca.

O resultado de todos esses anos apostando na abertura de um ambiente colaborativo é a existência de mais de 16 mil blogs ativos de funcionários da empresa, no mundo todo, contando com a contribuição de mais de 80 mil funcionários.

Razões para liberar as redes sociais nas empresas, segundo Mauro Segura:

• Acesso rápido e fácil ao conhecimento
• O ser humano adora redes sociais
• A inovação acontece
• Quebra da barreira geográfica
• Quebra da barreira hierárquica
• Comunicação direta sem intermediários
• Identidade pessoal – funcionário passa a ser conhecido
• Descoberta de referências e grupos que dominam um assunto
• Política de portas abertas
• Tecnologia simples e fácil