Apesar de não envolver cargos municipais, as eleições de outubro deste ano também devem mexer com o cotidiano da Câmara de Vereadores. É que muitos parlamentares de Curitiba devem tentar a sorte como candidatos a deputado estadual e até federal. Em 2014, por exemplo, 14 dos 38 foram candidatos à Assembleia Legislativa e Câmara Federal, mas nenhum se elegeu. Nas quatro eleições anteriores, pelo menos dois candidatos saídos da Câmara foram eleitos.
Outro assunto que deve movimentar o Legislativo da Capital nesse retorno dos trabalhos é a discussão sobre as mudanças na cobrança da taxa de lixo da cidade, aprovada no ano passado pela Casa. A taxa era cobrada junto com o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), mas o prefeito Rafael Greca (PMN) apresentou projeto para que ela fosse desvinculada. Com isso, imóveis isentos do IPTU passaram a pagá-la. Além disso, a mudança também acabou com a proibição de que o valor da taxa de lixo fosse maior que o IPTU, passando a um valor fixo de R$ 275,40 para imóveis residenciais e R$ 471,60 para não-residenciais. Terrenos com mais de uma edificação passaram a pagar mais de uma taxa de lixo. Isso levou a reclamações de contribuintes e fez com que vereadores levantassem a possibilidade de alterar a nova lei.
Na semana passada, Greca admitiu a possibilidade de rediscutir o assunto, apesar de defender as mudanças já aprovadas. A Câmara pode estudar, mas eu acho que está bem aplicado. A reclamação é, normalmente, de quem é usurário de terrenos alugando várias casas. Quem comprovar sua incapacidade contribuitiva será contempleado pelo princípio constitucional de que não se cobra de quem não pode pagar. A prefeitura não vai cobrar dos humildes que não possam pagar e possam provar que não podem pagar, afirmou o prefeito.