Depois da minirreforma eleitoral de 2015, que permitiu a janela partidária, os motivos que levam ao troca-troca no período variam entre algumas justificativas. Os atrativos, como a direção de diretórios, oferecidos pelos partidos que querem políticos que, como a deputada federal Christiane Yared (PR), se mostraram capazes de fazer votos é um dos motivos.

Outra justificativa está relacionada a falta de espaço nas legendas originais, conforme argumentou Alfredo Kaefer ao sair do PSDB para o nanico PSL e que agora foge mais uma vez para o Podemos.

O rabo de cometa é outro motivo. Políticos como Edmar Arruda (PSD) e Sandro Alex (PSD) vêem vantagem em seguir um puxador de votos como Ratinho Junior, que os levou do PSC ao PSD. Uma dobradinha com um candidato como o deputado estadual Ratinho Júnior (PSD) pode gerar votos cativos a quem aparecer do lado dele em um santinho, por exemplo.

Janela partidária agita ‘mercado’ de deputados da bancada paranaense

Há também a distribuição de recursos de um partido. Quando um grupo grande toma conta de uma nova legenda, como o que ocorreu no PSD do Paraná, a distribuição de fatias dos fundos partidário e eleitoral tende a privilegiar os integrantes da panela.

No caso de Toninho Wandscheer (PROS) e Assis do Couto (PDT), o desgaste sofrido pelo PT em razão da Operação Lava Jato e do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, está entre as razões que levaram os parlamantares a migrar ao Partido da Mulher Brasileira (PMB) ainda em 2015. Como se tratava de um novo partido, a lei eleitoral permite a mudança fora da janela. Com a abertura da janela de 2016, Wandscheer terminou por migrar ao PROS.

Diego Garcia (PHS) está em negociação com o Podemos de Alvaro Dias, que tentar fortalecer a chapa da legenda para concorrer à Presidência.

Sergio Souza chegou a flertar com o Podemos, mas recuou. Agora não tenho nenhuma pré-disposição de mudar. Somente se o PMDB não construir uma chapa fora e enfraquecer como tem acontecido no Paraná. O PMDB vem reduzindo, saiu de sete federais e tem quatro. Mas agora eu não diria que vou mudar. 99% de chance de continuar no PMDB, afirma.