Apesar de ser criticado pelo mercado por ter patrocinado a chamada “contabilidade criativa” nas contas públicas, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, foi citado nos discursos oficiais na cerimônia de transmissão de cargo na Casa Civil e teve sua atuação defendida tanto por Gleisi Hoffmann, que deixa o cargo, quanto pelo novo titular da pasta, Aloizio Mercadante. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que estava presente na cerimônia, também foi citado por ambos.

Gleisi fez referência antes ao ministro Guido Mantega, mas cumprimentou especialmente Augustin. “Agradeço à equipe do Ministério da Fazenda, ao ministro Guido e, em especial, ao Arno Augustin, que nunca mediu esforços para ajudar”, disse. “Este grupo esteve em permanente atuação com a Casa Civil para que pudéssemos cumprir as entregas requeridas pela presidente.”

Mercadante, que discursou depois de Gleisi, destacou a atuação de Mantega. “O Brasil melhorou significativamente suas finanças públicas, graças a uma política macroeconômica responsável e consistente. O ministro Guido Mantega tem desempenhado suas funções com grande sacrifício pessoal e imensa dedicação à vida pública. Junto com sua equipe, pessoas com grande experiência e vivência, como o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e Arno Augustin, à frente da Secretaria do Tesouro Nacional, vem assegurando grandes avanços ao longo destes anos”, disse.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do ministério da Fazenda informou que estava previsto que Augustin acompanhasse a agenda de Mantega no Palácio do Planalto, mas não confirmou se de fato o secretário esteve na cerimônia. A agenda oficial de Arno Augustin para esta terça-feira, 4, contém apenas “reuniões internas”. No final do evento, apesar de ser questionado pela imprensa, Mantega não quis comentar o resultado da produção industrial, que caiu 3,50% em dezembro de 2013 ante novembro do mesmo ano. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o dado na manhã desta terça-feira.