BRUNO VILLAS BÔAS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP), disse nesta sexta-feira (17) que o decreto de calamidade pública abre caminhos para “medidas muito duras” na administração do Estado. Ele não detalhou quais serão essas medidas.
Segundo ele, o decreto chama atenção dos moradores do Rio de Janeiro e das autoridades federais sobre as dificuldades financeiras do Estado do Rio.
“O decreto chama atenção das autoridades federais para as dificuldades que estamos tendo na área do metrô, da saúde pública e da segurança, para que possam colaborar conosco e vencer os problemas que nós temos”, disse Dornelles.
O governador em exercício esteve reunido nesta quinta-feira (16) com o presidente interino, Michel Temer. Dornelles disse ter apresentado no encontro o quadro crítico do Estado, mas que nenhum valor ou “decisão definitiva” foi tomada.
“Nos apresentamos as preocupações do Estado do Rio no campo da mobilidade urbana e da segurança. Pedimos tropas federais para a época das eleições. Pedimos também ajuda para a finalização do metrô e para todas as áreas de mobilidade”, disse.
O governador em exercício culpou a crise na área do petróleo, a recessão econômica e o mau momento dos setores de siderurgia e automobilístico como responsáveis pela crise do Estado, que sofre com a queda de arrecadação de ICMS e royalties.
Perguntado sobre o risco de a Olimpíada do Rio ser afetada pela situação crítica financeira do Estado, Dornelles disse apenas que o evento será um “verdadeiro sucesso”.