Cândido Portinari, um dos maiores nomes da arte brasileira, tem sua trajetória contada em exposição inédita em Curitiba. A exposição “Portinari – A construção de uma obra” fica em cartaz na Caixa Cultural de 17 de janeiro até 18 de março de 2018 na Caixa Cultural Curitiba.

A mostra reúne estudos do pintor, muralista e desenhista, que conquistou reconhecimento internacional retratando o cotidiano do país e a desigualdade social, com atualidade sempre surpreendente. Também fazem parte da montagem oito esculturas criadas pelo artista plástico Sérgio Campos, inspiradas em personagens de Portinari.

Um dos grandes temas da obra do artista é a desigualdade social, revelada no registro do cotidiano, como em “Grupo com homem doente” e “Menino morto”, por exemplo. Também, há estudos para o painel Guerra e Paz, que Portinari criou para a sede da ONU, em Nova York, entre 1952 e 1956. Já as esculturas de Sérgio Campos contracenam com as obras de Portinari na mostra, pois recriam personagens dos quadros. 

Com entrada franca, a exposição poderá ser visitada de terça-feira a sábado, das 10h às 20h, e domingo, das 10h às 19h. A abertura oficial acontece no dia 16, às 19h, com presença do curador Luiz Fernando Dannemann.

Candido Portinari

O artista nasceu em 30 de dezembro de 1903, em Brodowski, interior de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, teve uma infância humilde. Recebeu apenas a instrução primária. Desde criança manifestou sua vocação artística, começando a pintar aos nove anos.

Estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro e visitou países como a França e a Itália, onde concluiu os estudos. Em 1935, recebeu em Nova Iork um prêmio por sua obra Café, que o projetou para o mundo.

Faleceu em 1962, tendo como causa aparente uma intoxicação causada por química presente nas tintas.

Sérgio Campos

Desenhista, pintor e escultor, é formado pela Escola de Belas Artes da UFMG. Desenvolveu técnica para a elaboração de esculturas em aço e cobre e executou monumentos públicos de grande porte.

Estudou pintura mural e escultura em bronze com o italiano Franco Cerri. Seus desenhos, desde os primeiros, têm forte identidade com os personagens de Portinari.