O presidente do diretório estadual do PPS, Rubens Bueno entrou, na tarde de ontem, no Conselho Nacional do Ministério Público com uma representação por prevaricação contra o procurador-geral de Justiça do Paraná, Milton Riquelme de Macedo e a promotora Terezinha de Jesus Signori. A representação é uma reação do partido a explicação do MP/PR sobre a lentidão na investigação do nepotismo no governo Roberto Requião (PMDB).

Na última semana, Signori, durante entrevista coletiva, alegou que o MP não poderia investigar a contratação de parentes de Requião na administração do Estado, uma vez que deveria aguardar o resultado de uma ação popular com o mesmo objetivo, que estaria tramitando na 1ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. De acordo com o advogado do PPS, Luiz Fernando Pereira, a ação popular foi extinta no início de janeiro.

Além disso, o próprio autor da ação, Augusto Jondral Filho teria se comprometido a abrir mão da reivindicação, caso o MP confirme que sua iniciativa está atrapalhando a investigação do nepotismo no governo do Paraná. “O PPS não pode permitir que os responsáveis pela investigação sobre o nepotismo criem todo tipo de dificuldade possível e imaginável para proteger os parentes do governador e dos secretários. A conduta dela e do procurador-geral é reprovável e queremos que o Conselho apure este tipo de manobra, que lembra as utilizada por advogados de defesa”, dispara Bueno.

Procurados pela reportagem do Jornal do Estado, o procurador Geral de Justiça, Milton Riquelme e a promotora Terezinha Souza, informaram através da assessoria de imprensa do MP que não comentariam as acusações do PPS.