Os acidentes são, segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira causa de morte de crianças e adolescentes entre 1 e 14 anos no Brasil, sendo que os acidentes de trânsito são responsáveis pela maior parte das vítimas fatais, 40%. De acordo com a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françóia, os principais incidentes no trânsito envolvem as crianças como pedestres. E mesmo assim,  cerca de 40% das crianças com menos de 10 anos ainda percorre trajetos, como o da escola para casa, sozinhas, afirma. Abaixo desta idade eles ainda não tem condições de julgar sozinhos o tempo e a distância.
A recomendação da ONG é que crianças não andem desacompanhadas de um adulto até os 10 anos e, na hora de atravessar a rua, é importante que estejam de mãos dadas. As crianças são as figuras mais frágeis no trânsito e necessitam de cuidados que garantam a sua segurança. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), todos os anos morrem no mundo 250 mil crianças e adolescentes em acidentes viários, e outros 10 milhões sofrem lesões graves.

O mais importante para ensinar o comportamento seguro como pedestre, para Alessandra, é dar o exemplo. Por isso, os adultos devem atravessar as ruas olhando para ambos os lados, respeitar os sinais de trânsito e usar as faixas para pedestres e, antes de atravessar na frente dos veículos, fazer contato visual com os motoristas, para ter certeza de que foram vistos.
Para diminuir o número de acidentes com crianças no trânsito, a especialista em trânsito da Perkons, Idaura Lobo Dias, recomenda incentivar não só comportamentos seguros para os pequenos, mas orientar os pais a ter atitudes de prevenção e dar o exemplo, investir em políticas públicas e infraestrutura que promovam a segurança da criança, inserir o tema trânsito nas escolas e avaliar automóveis no quesito segurança para os pequenos. Segundo ela, são ações que devem ser contínuas para se ter sucesso nos resultados.