Michael Jackson estava tomando medicamentos controlados, enquanto lutava para entrar em forma, a fim de realizar a desgastante turnê de retorno marcada para julho em Londres, disse um advogado da família.

Jackson, que ao longo da carreira conviveu por muito tempo com remédios controlados, estava tomando medicamentos desde que se feriu nos ensaios para a turnê, contou o advogado e porta-voz Brian Oxman. O Departamento de Medicina Legal do Condado de Los Angeles confirmou a morte do “Rei do Pop”, aos 50 anos, após uma parada cardíaca.

Oxman disse à CNN que se preocupava com o uso de remédios pelo cantor, e que os membros da equipe do astro facilitavam o acesso dele às substâncias. Ele comparou o caso de Jackson ao de Anna-Nicole Smith, modelo da revista Playboy que morreu de overdose em fevereiro de 2007.

“Isso não foi inesperado, por causa dos medicamentos que Michael estava tomava”, disse Oxman, no hospital onde os membros da família Jackson se reuniram. “As pessoas que o cercavam facilitavam isto”, afirmou o advogado. “Se você acha que o caso de Anna-Nicole Smith foi um abuso, não foi nada em relação ao que vimos na vida de Michael Jackson”, declarou.

“Não sei quantos remédios ele tomava, ma os relatos que vínhamos recebendo na família é de que eram muitos”, acrescentou Oxman. “Quando você avisa as pessoas que isso vai acontecer e isso acontece – onde há fumaça, há fogo.”

O ex-assessor de Jackson Michael Levine disse num e-mail que não se surpreendeu com a morte do cantor. “Devo confessar que não estou surpreso com a notícia trágica de hoje”, declarou. “Michael

esteve durante anos numa jornada frequentemente autodestrutiva e incrivelmente difícil”, disse Levine. “Seu talento era inquestionável, assim como seu inconformismo com as regras do mundo; um ser humano simplesmente não pode suportar esse nível de estresse prolongado.”