Criado em São José dos Pinhais

Que o turfe brasileiro faz sucesso por onde passa não é novidade. A cada dia mais animais são exportados e conquistam mercado em diversos lugares do mundo. 

Já tivemos vitórias importantes em Cingapura, Estados Unidos, Hong Kong e Dubai. Também somos campeões de exportação no Uruguai e vencemos diversas provas na Argentina. Enfim, nossa criação está entre as melhores do mundo. 

Mas um mercado até então desconhecido está surgindo e o turfe brasileiro está começando a protagonizar por lá. O Hipódromo de Omã, na Península Arábica está chamando a atenção pela organização, quantidade de cavalos e claro, pelos petrodólares. 

E o Haras Clemente Moletta decidiu mandar dois de seus principais animais para correrem lá. Depois de vencer no Brasil e Uruguai, agora os filhos de É do Sul, Dá-lhe Salvador e Dá-lhe Ghadeer estão brilhando na Península Arábica. 

Na úlima semana Dá-lhe Ghadeer, filho de É do Sul e Spade (Wild Event), irmão de Dalheconquistadora e de Dá-lhe Senadora, venceu sua segunda carreira em três saídas no Hipódromo de Omã. Se na primeira vitória ele já havia se destacado, nesta então o paranaense foi espetacular. 

Correndo contra 15 animais dos Estados Unidos, Irlanda, França e Inglaterra, principais centros turfísticos mundiais, o crioulo de Clemente Moletta venceu um Handicap de 1.200 metros em recorde. E não foi só isso, a maneira com que ele venceu chamou muito a atenção. 

Nos primeiros 300 metros ele briga com grande parte do lote pela ponta. Consegue livrar paleta e continua em um trem muito ligeiro. Na altura dos 600 metros finais ele se desvencilha do último animal que ainda conseguia o acompanhar e, a partir dali, dá um verdadeiro show. 

Criado no Centro de São José dos Pinhais, com uma estrutura surpreendente, Dá-lhe Ghadeer é mais um nome brasileiro a brilhar fora do Brasil, começando a abrir mercado para outros animais da criação paranaense e brasileira. 

Dá-lhe Salvador, líder da geração em Cidade Jardim quando potro, também com vitória no Uruguai está em Omã e, se seguir o caminho do compatriota logo deve vencer sua primeira na Península Árabe. Carreira tem para isso, uma vez que na estreia fez segundo chegando à frente de Dá-lhe Ghadeer. 

É o turfe nacional encontrando novas praças para mostrar seu valor. É o turfe paranaense voltando a brilhar na região do Golfo Pérsico. E principalmente, é um reprodutor nacional começando a provar que merece mais éguas para espalhar sua descendência.