O presidente do Jockey Club Brasileiro, Luiz Alfredo Taunay, deu entrevista ao jornalista Celson Afonso na tarde de ontem. Nela o presidente da instituição aborda diversos assuntos e, entre eles, a rescisão do contrato com a PMU Brasil. 

No fim da semana passada, mais exatamente na sexta-feira, a PMU – Pari Mutuel Urbain através de seu site publicou nota na qual anunciava uma reestruturação das atividades no Brasil. Sua subsidiária, a PMU Brasil deve ser extinta e a empresa focará sua estratégia para a operação de apostas e não mais para toda a estrutura mantida atualmente.

Claro que esta notícia deixou todos os apaixonados pelo turfe preocupados, uma vez que nunca havia sido visto um trabalho deste tamanho relacionado ao turfe. Ela investiu na parte de tecnologia para que as apostas pudessem acontecer em qualquer localidade do Brasil, ofereceu incentivos a abertura de novas agências credenciadas e o principal, apostou no marketing e na comunicação. 

É normal ver nos metros e ônibus cariocas comunicação visual divulgando a empresa e as corridas de cavalos. Foi ousada, bancando uma coluna semanal no Jornal O Globo, levando profissionais à programas de televisão para falar de grandes provas e por dois anos patrocina o campeonato carioca de futebol. 

Elevou o nível de comunicação do turfe de uma forma impressionante, montando uma equipe de transmissões que não deixa nada a desejar aos canais de futebol. Profissionais de qualidade e conteúdo tanto na frente quanto atrás das câmeras deram perspectivas espetaculares para a imprensa brasileira que cobre o turfe. Enfim, marcou época. 

E na entrevista citada acima, o presidente Taunay falou a respeito desta transição que será feita. Segundo ele, após a reunião em que o Jockey Club Brasileiro foi comunicado da rescisão, foram estipulados 60 dias para que seja feito um estudo para esta transição. 

“Diante desta notícia que recebemos nesta última quinta-feira nós vamos começar a administrar esta rescisão”, contou Taunay na entrevista. “Nós teremos 60 dias para desenvolver o projeto para este assunto. Evidentemente envolve dezenas e centenas de assuntos, que começaremos a partir desta quarta-feira a traçar o que será feito com todo o cuidado e cautela.”

O presidente Taunay assumiu que nada ainda está claro em relação as adequações. Para ele a PMU, que foi uma grande parceira deverá agir de total boa vontade para que esta transição ocorra da melhor maneira possível. O contrato com o Jockey Club Brasileiro era a princípio para se encerrar apenas em 2025.

Na entrevista – que você pode acompanhar na integra acima – o presidente ainda falou sobre a tragédia que inundou o grupo de cocheiras da Vila da Lagoa, sobre a pedra única que já acontece em três dos quatro maiores hipódromos do Brasil e outros assuntos relacionados ao Hipódromo da Gávea.